Em evento inédito no clube, o Vasco realizou uma coletiva – em forma on-line – para apresentação do balanço patrimonial referente ao exercício de 2020. Durante a transmissão, a diretoria vascaína divulgou uma dívida líquida de R$ 832 milhões.

O vice-presidente de finanças do Vasco, Adriano Mendes foi quem apresentou os números. A exemplo do presidente Jorge Salgado, do VP Geral Carlos Roberto Osório e do 2º VP Geral Roberto Duque Estrada, ele se mostrou otimista com relação aos planos vascaínos para combater a dívida. Mas reconheceu que o patamar “é muito ruim”.

A dívida alcançou R$ 832 milhões. É uma dívida muito alta, uma dívida de fato muito grande, a gente não deveria ter chegado a ela. É um patamar muito ruim para podermos tratar. O pior dessa dívida não é ser só grande, é o desafio de ela vencer R$ 315 milhões no curto prazo. Ela tem um perfil ruim. Estamos falando de 40% vencendo no ano seguinte, que é esse ano que estamos vivendo agora. É um desafio de fato de volume. É um quadro bem ruim”, explicou Adriano Mendes.

Na sequência de sua explanação, Adriano Mendes destacou de maneira resumida de que maneira o Vasco pretende trabalhar para reduzir essa dívida.

“Um clube como o nosso, que tem uma dívida enorme, que estrangula o clube no curto prazo, inclusive com mais de R$ 300 milhões de dívida vencendo, ele necessariamente precisa ter uma gestão visando o superávit para poder abater a dívida. Não é uma opção, é uma obrigação. Tem um exemplo dado em 2018 que é a venda de jogadores. Numa gestão austera, você teve um lucro. Em 2019 e 2020, você tem reversão com a dificuldade de vender jogadores, e aí tem problemas maiores em 2020. Você olha pelos números, eles conversam conosco. Ele fala que tivemos um déficit, um prejuízo de R$ 64 milhões. É um quadro incompatível, não vou entrar no mérito de insustentável. Ele não pode ser aceito como planejamento de gestão. Isso que a gente vai combater. Combater esse volume de dívida, tentar reestruturar e ter entendimento dos credores”, prosseguiu o VP de Finanças.

“A gente precisa ter superávit para tratar dívida de R$ 800 milhões, para ter time forte e ter o Vasco que queremos. O desafio é grande. Em 2020, tivemos R$ 192 milhões de receitas e despesas da ordem de R$ 250 milhões. Isso só mostra o quão duro foram as demissões que fizemos. Ninguém gosta de demitir, conheço os funcionários. São dedicados. É duro, mas infelizmente é o que a gente tinha de fazer. Temos receita de R$ 100 milhões e a despesa não poderia continuar de R$ 250 milhões”, acrescentou ele.

Fonte: Globo Esporte

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