Pílula, camisinha, DIU, diafragma, anel vaginal, injeção, adesivo. A lista de contraceptivos disponíveis no mercado vai muito além dessa lista, e cada casal deve escolher aquele que atende melhor às suas necessidades. Nenhuma alternativa é 100% segura, mas se bem usada a proteção pode ser quase total.
Dispositivo intrauterino (DIU)
É um pequeno objeto de plástico, que pode conter hormônios ou ser revestido de cobre, colocado no interior do útero para evitar a gravidez. A mulher pode ficar até dez anos sem trocá-lo, e a retirada pode ser feita assim que a paciente desejar ou tiver algum problema. Existem diversos modelos, e o mais usado é o em forma de T, com fios de cobre, que impedem o encontro dos espermatozoides com o óvulo.
A fertilidade da mulher retorna logo após a retirada do DIU. Esse método é muito eficaz e não provoca aborto, porque atua antes da fecundação. A colocação do dispositivo no útero deve ser feita por um profissional de saúde treinado.
O DIU não atrapalha a mulher e não machuca o pênis durante a relação sexual. A mulher que faz uso dele pode ter mais sangramento menstrual ou cólicas, mas esses efeitos não trazem problemas à saúde, a menos que a paciente tenha anemia severa.
Esse método não é indicado para mulheres que têm mais de um parceiro sexual ou cujos parceiros tenham outras parceiras e não usam camisinha em todas as relações sexuais, pois, nessas situações, correm mais risco de contrair doenças sexualmente transmissíveis (DST).
Segundo José Bento, o DIU também evita endometriose, pólipos e miomas no útero. Sexo e esporte não deslocam o dispositivo, mas o próprio útero e as cólicas podem fazer isso em casos mais raros.
Injeção anticoncepcional
Impede a ovulação e dificulta a passagem dos espermatozoides para o interior do útero. Há dois tipos de injeção: a aplicada uma vez por mês e a de três em três meses. Ambas são muito eficazes quando usadas corretamente.
Com a interrupção da injeção mensal, a fertilidade da mulher logo retorna. No caso da trimestral, pode haver um atraso na volta da capacidade de engravidar: em média, levam-se quatro meses após o término do efeito.
A eficácia é alta, mas os efeitos colaterais e as contraindicações são iguais às da pílula de cartela.
Anel vaginal
Garante tranquilidade por três semanas, tem baixa dosagem hormonal, mas é mais caro (em torno de R$ 50) e pode trazer os mesmo efeitos indesejados da pílula. Não é distribuído no Sistema Único de Saúde (SUS).
Cada anel contém uma pequena quantidade de dois hormônios sexuais femininos, liberadas lentamente para a corrente sanguínea. É colocado de forma semelhante ao diafragma e fica as três semanas no corpo da mulher.
Diafragma
É uma capa flexível de borracha ou de silicone, com uma borda em forma de anel que é colocada na vagina para cobrir o colo do útero. Evita a gravidez ao impedir a entrada dos espermatozoides no útero, e pode ser usado com ou sem espermicida.
Há diafragmas de vários tamanhos, e a medição por um profissional de saúde é necessária para determinar o mais adequado para cada mulher.
O dispositivo deve ser colocado em todas as relações sexuais, antes de qualquer contato entre o pênis e a vagina. Pode ser introduzido minutos ou horas antes da relação sexual. Quando a mulher é bem orientada, a colocação não dói e se torna tão simples quanto a de uma lente de contato.
O aparelho só deve ser retirado de seis a oito horas após a última relação sexual, que é o tempo suficiente para que os espermatozoides restante na vagina morram. Ele não deve ser usado durante a menstruação.
Imediatamente após retirar o diafragma, lave-o com água e sabão neutro, seque-o bem com um pano macio e guarde-o em um estojo, em lugar seco e fresco, longe da luz solar. Não se deve polvilhar o diafragma com talco, pois o produto pode danificá-lo ou causar irritação na vagina ou no colo do útero.
Esse método confere autonomia no uso, é mais natural, fácil de transportar e tem menos efeitos colaterais. Mas pode ter uma eficácia menor que a da pílula em alguns casos.
Espermicida
É uma substância química que recobre a vagina e o colo do útero, impedindo a penetração dos espermatozoides no útero, imobilizando-os ou destruindo-os. Pode ser usado sozinho ou combinado com o diafragma. É eficaz pelo período de uma hora após sua aplicação.
Não se recomenda o uso do espermicida para mulheres que têm mais de um parceiro sexual ou cujos parceiros têm outras parceiras e não usam camisinha em todas as relações sexuais, pois, nesse caso, há um maior risco de se contrair DSTs.
O espermicida é colocado com um aplicador, que deve ser introduzido na vagina o mais profundamente possível. O aplicador deve ser lavado com água e sabão depois de usado.
O mais garantido é se prevenir em dobro, pois esses métodos anticoncepcionais não protegem contra nenhuma doença. Por isso, usar camisinha é muito importante, e o melhor é combiná-la com uma dessas técnicas para evitar a gravidez.
Pílula do dia seguinte
A pílula anticoncepcional de emergência impede ou retarda a ovulação, além de diminuir a capacidade de os espermatozoides fecundarem o óvulo. Esse método não é abortivo, porque não interrompe uma gravidez já estabelecida.
A pílula do dia seguinte não deve ser usada como anticoncepcional de rotina, ou seja, substituindo outro método. No entanto, o uso frequente, quando necessário, não faz mal à saúde nem diminui a eficácia da técnica emergencial. A opção é melhor do que ter uma gravidez indesejada.
Pode ser tomada até 72 horas depois da relação desprotegida, mas, quanto antes, maior é a eficácia.
Lembre-se
O ciclo da mulher começa na menstruação, e o dia certo para tomar o primeiro comprimido é quando ela desce, mesmo que seja só um pouquinho de sangue.
Se você esquecer a pílula eventualmente, pode tomá-la com no máximo 12 horas de atraso. Depois disso, ela não faz mais efeito e você deve usar outro método para não engravidar.
É raro, mas alguns antibióticos interferem na ação do anticoncepcional, que deve ser tomado todo dia na mesma hora. Métodos como tabelinha, coito interrompido e muco ou temperatura cervical não devem ser usados, porque são inseguros.

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