Mais uma vez, os vereadores falaram durante a reunião da Câmara Municipal sobre o descaso com a saúde pública em Formiga. Na reunião de segunda-feira (19), eles criticaram o mau atendimento por parte dos profissionais e a espera por consultas e cirurgias.
O vereador Reginaldo Henrique dos Santos (Dr. Reginaldo/PCdoB) ressaltou que, em relação às cirurgias em Formiga, não há nenhuma iniciativa política por parte da Secretaria de Saúde. ?Tem dinheiro, tem paciente, tem a Santa Casa para operar e a secretária de Saúde disse que não vai gastar dinheiro público com cirurgia eletiva. É preciso que o Ministério Público faça algum movimento para que a secretaria saia da inércia. Isso já está passando de brincadeira o que está acontecendo em Formiga?, disparou.
O vereador Moacir Ribeiro/PMDB sugeriu que os dez vereadores se unam e vão ao gabinete da secretária de saúde, Luiza Flora, para que ela possa melhorar cada vez mais a saúde em Formiga. ?Fiquei sabendo que um médico de um posto de saúde estava maltratando pessoas idosas no local. A saúde realmente está deixando a desejar?, disse. O vereador contou que existe um abaixo-assinado contra um médico (ele disse que pode ser uma médica) para retirar o profissional da unidade de saúde por mau atendimento aos pacientes.
Moacir Ribeiro revelou ainda que, no dia 6 de maio, ele e a vereadora Rosimeire Mendonça (Meirinha/PMDB), estarão em Brasília para uma audiência com a assessora do ministro da Saúde. ?Vamos levar um ofício encaminhando o pedido para uma UTI e UTI neo-natal para a Santa Casa. Esse pedido foi reivindicado na semana passada pelo radialista Jaime Mendonça aos deputados Antônio Andrade e Fábio Avelar, que estiveram em Formiga e mostraram boa vontade em atender o apelo?, comentou Moacir.
O vereador Eugênio Vilela/PV relatou que várias pessoas o procuraram e questionaram por que o tomógrafo da Santa Casa ainda não está realizando tomografias pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e pediu que a entidade informasse sobre o assunto.
Reginaldo Henrique dos Santos (Dr. Reginaldo/PCdoB) explicou que as tomografias ainda não estão credenciadas pelo SUS, apenas os exames particulares.
A redação do jornal Nova Imprensa e do portal Últimas Notícias procurou a assessoria de comunicação da Santa Casa para saber o posicionamento da diretoria da entidade. A assessoria de comunicação confirmou que realmente o atendimento pelo SUS ainda não está ocorrendo. ?A documentação do hospital completa, juntamente com as assinaturas necessárias, foi enviada para o SUS em janeiro. Agora, estamos esperando a resposta para esse credenciamento?, informou a assessora Ana Patrícia.
Secretaria de Saúde
Com relação às cirurgias eletivas, a ouvidoria e assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde justifica que existe um convênio com a Santa Casa e com outras cidades, existe uma demanda, mas a ouvidoria ressalta que não é só em Formiga nem no país e que a pessoa que precisa de cirurgia fica na fila de espera, mas que, por exemplo, se houver alguma complicação no caso, ele passa a ser tratado como urgência e o atendimento é mais rápido.
Sobre a questão das consultas, a ouvidoria da Secretaria de Saúde disse que o problema é o mesmo das cirurgias eletivas. A respeito do sistema de marcação eletrônica, a explicação é de que ele continua em fase de teste no Pronto Atendimento Municipal (PAM) e que a administração municipal vem se empenhando para colocar a marcação eletrônica em todas as unidades, para fazer uma rede por meio do Gerenciador de Informação Local (GIL), mas não há uma previsão para esse serviço ser concluído.
Quanto às reclamações de mau atendimento, a ouvidoria ressalta que não tem uma reclamação formal de um profissional em específico e nem conhecimento de abaixo-assinado. A responsável pelo setor, Fernanda Matias, disse que recebe apenas reclamações individuais e orienta às pessoas que tiverem alguma reclamação, reivindicação ou sugestão sobre a Secretaria de Saúde para procurar a ouvidoria da pasta ou até mesmo os postos de saúde que têm um livro para registrar esse tipo de queixa, pois é comum as pessoas procurarem vereadores ou até mesmo a imprensa para reclamarem sem antes tentarem resolver o problema diretamente na secretaria.

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