Durante o carnaval, o movimento na rodoviária de Belo Horizonte e no Aeroporto Internacional de BH, em Confins, promete ser menor do que o registrado durante as festas de final de ano em 2020. Ainda assim, infectologistas e o poder público temem que as saídas durante esse período representem novo aumento dos números da pandemia, o que só ficará claro nas semanas posteriores à data. 

As consequências das comemorações de Natal e de Ano-Novo perduraram para além de dezembro em Minas Gerais e na capital mineira, que viveram um janeiro de altas de casos de Covid-19 e da ocupação dos leitos hospitalares.

Para se prevenir desse cenário após o carnaval deste ano, BH proibiu festas na rua e promete aumentar a fiscalização ao descumprimento das normas, enquanto o governo do Estado estimula que todos os municípios mineiros ignorem o feriado e mantenham medidas restritivas de funcionamento das atividades presenciais. 

Nesse cenário, o Aeroporto Internacional estima que cerca de 95 mil passageiros passem pelo local entre os dias 12 e 17 de fevereiro — cerca de 37% do que no Carnaval de 2020 e ainda menos do que o registrado nos períodos de Natal e de Ano-Novo do último ano, quando 145 mil e 160 mil passageiros estiveram no aeroporto, respectivamente. Na Rodoviária de BH, a expectativa da administração é de haver quase 60% menos embarques e desembarques neste carnaval do que no anterior, e a quantidade de passageiros que trafegarão pelo espaço deve ser menos da metade dos 310 mil do final de 2020. 

Essa diminuição, porém, não afasta o temor de que reflexos das viagens elevem os números da pandemia. “É uma preocupação enorme, porque vimos uma explosão depois do final do ano. Este não é um ano para pensar em Carnaval ou em qualquer tipo de aglomeração, mesmo em caráter privado. Alertamos muito sobre isso no final do ano passado e mesmo assim as consequências foram graves, com famílias inteiras sendo infectadas”, diz o infectologista Carlos Starling, membro do comitê de enfrentamento à pandemia em Belo Horizonte.

Hotéis de lazer de Minas têm ocupação abaixo da expectativa no Carnaval 

O presidente da Associação Mineira de Hotéis de Lazer (AMIHLA), Rodrigo Baltazar, afirma que as reservas estão no mesmo patamar de finais de semana habituais, com menos de 30% da ocupação total dos maiores hotéis de Minas, muito aquém do rápido esgotamento de vagas a que ele assistia até 2020. “Os hotéis não estão se propondo a fazer festa. O propósito é de descanso e a procura tem sido apenas por sábado e domingo, já que não haverá ponto facultativo”, detalha.  

Fonte: O Tempo Online

COMPATILHAR: