Um simples tropeço e uma consequência para a vida toda. É assim que grande parte das pessoas descobre que tem osteoporose – doença silenciosa que acomete cerca de 10 milhões de brasileiros. O que muitos desconhecem é que esse mal, na verdade, é o resultado final de um processo longo, gradual e influenciado por várias práticas adotadas ao longo da vida.
A doença atinge principalmente mulheres com idade acima dos 65 anos, magras, com ossos pequenos, que possuem doenças autoimunes (lúpus, artrite) ou distúrbios alimentares (anorexia, bulimia), alimentação pobre em cálcio, usuárias de medicamentos à base de cortisona, fumantes e consumidoras de bebidas alcoólicas. Além disso, o aumento da expectativa de vida e o consequente envelhecimento da população ampliam ainda mais o número de pessoas com osteoporose.
Segundo o reumatologista Gustavo Lamego de Barros, membro do Departamento de Reumatologia da Associação Médica de Minas Gerais, logo após os 30 anos, começamos a perder massa óssea. Nas mulheres, depois da menopausa, essa perda se acelera e, por isso, elas chegam à doença mais precocemente.
Como a osteoporose não se manifesta por meio de sintomas, o reumatologista indica exames clínicos – como a densitometria mineral óssea, que é capaz de avaliar a densidade do osso e fazer o diagnóstico precoce.
Exames
Esse foi o caso da enfermeira aposentada Vera Darc Campos, 52, que descobriu a doença por meio de exames, há quatro anos. Eu não tive os sintomas da menopausa e não sofri nenhuma fratura, mas a minha família possui vários casos de osteoporose, sou fumante e tenho o hábito de consumir bebidas alcoólicas, conta.
Há dois meses, ela iniciou o tratamento com reposição de cálcio composta por três tipos de medicamentos. Ela conta que, além disso, não usa mais sapatos com salto alto, para evitar tropeços e possíveis quedas.

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