Uma única pessoa tem R$ 11,2 milhões esquecidos no Sistema de Valores a Receber (SVR), que mostra o dinheiro “esquecido” em instituições financeiras. A informação foi divulgada pelo Banco Central (BC), que faz a gestão da ferramenta.

Esse é o maior valor individual já deixado para trás. Entre pessoas jurídicas, que constituem empresas, o maior montante é de R$ 30,4 milhões.

Ainda de acordo com o BC, R$ 8,5 bilhões estão disponíveis para saques, sendo R$ 6,5 bilhões de quase 42 milhões de pessoas físicas. O R$ 1,9 bilhão restante pertence a 3,6 milhões de empresas. O balanço é relativo a julho deste ano, mês que registrou a maior evolução de valores a receber no período de seis meses.

Das pessoas que têm dinheiro para sacar, 931 mil possuem mais de R$ 1.000,01 “esquecidos”. A maior parte, quase 33 milhões de pessoas, tem até R$ 10. Outras 10 mil pessoas têm valores deixados para trás que variam entre R$ 10,01 e R$ 1.000.

O maior montante (R$ 4,9 bilhões) está disponível em bancos. Há também valores em administradoras de consórcio (R$ 2,3 bilhões), em cooperativas (R$ 808,7 milhões), instituições de pagamentos (R$ 263,4 milhões), financeiras (R$ 127,1 milhões e corretoras e distribuidoras (R$ 9,9 milhões). Outros R$ 5,8 milhões estão em instituições de categorias diferentes.

O sistema também registra R$ 7,6 bilhões resgatados. Do valor total, R$ 5,6 bilhões foram devolvidos a 20,6 milhões de pessoas físicas, enquanto R$ 2 bilhões foram entregues a 1,5 milhão de pessoas jurídicas.

Fonte para compensar desoneração

Na quinta-feira (12), a Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto de lei que garante a desoneração em 2024 e impõe um regime de reoneração gradual nos próximos três anos para 17 setores da economia e municípios com até 156 mil moradores. O texto, que foi para sanção presidencial, permite que o governo recolha até R$ 8,5 bilhões esquecidos em contas bancárias sem movimentação.

Se a proposta for sancionada e virar lei, as pessoas terão 30 dias para resgatar os valores perdidos nas contas bancárias. Caso o resgate não seja feito no prazo, o Tesouro Nacional se apropriará desse dinheiro.

Depois que os valores forem incorporados pela União, o Ministério da Fazenda publicará no Diário Oficial da União (DOU) os números das contas e os recursos que serão recolhidos. Haverá 30 dias para contestar, a partir desta publicação.

Fonte: O Tempo

 

 

 

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