O corpo da criança de 3 anos que teria sido espancada em Varginha (MG) foi sepultado no Cemitério Campal na manhã desta quarta-feira (12). Davi Miranda Totti teve a morte confirmada na tarde de terça (11), após ficar 14 dias internado no Hospital Regional. A família optou por um enterro restrito.

O padastro da criança, Leonardo José Cardoso Azevedo Capitaneo, de 23 anos, é considerado o principal suspeito do crime. A Policia Civil informou que o inquérito sobre o caso foi concluído e enviado ao Poder Judiciário na última quinta-feira (6). O caso tramita sob sigilo.

O Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) afirmou que os autos do inquérito policial estão sob análise para verificar a necessidade de novas diligências investigatórias por parte da Polícia Judiciária.

O advogado da mãe de Davi, Paulo Teixeira, confirmou ao g1, que o inquérito está em análise. “O Ministério Público está analisando para o oferecimento de uma possível denúncia e, caso entenda que ainda exista algo a ser comprovado, poderá solicitar que a Polícia Civil continue as investigações”, informou disse. A mãe optou por não se manifestar.

Em nota, a família paterna lamentou a morte de Davi e agradeceu o apoio recebido. “Foram, com certeza, os dias mais tristes de nossa família. Fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance e ele recebeu todo cuidado médico disponível. Fica agora a lembrança do nosso menino lindo e o eterno amor por ele em nossos corações. Davi está no céu com todo o amor que ele merece. Obrigado a todos pelas orações e carinho”, escreveram.

O g1 segue tentando contato com a defesa do padrasto da criança, que ainda não se manifestou sobre o caso.

 

Padrasto é principal suspeito

O padastro de Davi, Leonardo José Cardoso Azevedo Capitaneo, de 23 anos, é considerado o principal suspeito do crime. Ele teria ficado com a criança enquanto a mãe, de 26 anos, ia a um culto em uma igreja. Quando ela retornou, o menino apresentava ferimentos e estava desacordado.

A Polícia Civil informou que Capitaneo foi conduzido, ouvido e autuado em flagrante, a princípio, por tentativa de homicídio qualificado. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça, levado para o Presídio de Varginha e depois transferido para o Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves

 

Criança foi internada com várias lesões

O caso aconteceu em 25 de fevereiro. Segundo o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, quem acionou os militares foi a médica plantonista da UPA, onde a criança deu entrada com crise convulsiva.

De acordo com o documento, a médica informou que a criança apresentava ferimentos e hematomas pelo corpo, como mordidas no ombro e na face, vários hematomas e lesões no couro cabeludo, sangramento no globo ocular e na boca.

A criança apresentava ainda sinais de possível traumatismo craniano. Ele foi levado ao hospital pela mãe e pelo padrasto. A mãe alegou que estava na igreja e deixou a criança com o padrasto. Segundo ela, ao retornar para casa, no bairro Parque Nossa Senhora das Graças, por volta de 22h30, o menino já estava dormindo. Ao tentar despertá-lo, notou que a criança já estava desacordada.

O padrasto alegou que nada aconteceu com a criança e que a colocou para dormir e, posteriormente, a mãe chegou. Também alegou desconhecer os hematomas na criança.

O pai da criança também esteve na UPA e informou que esteve com ela pela última vez em 22 de fevereiro e que ela não apresentava os ferimentos constatados.

 

Fonte: G1 Sul de Minas

 

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