O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) defendeu que o ator Wagner Moura seja alvo de sanções por parte das autoridades norte-americanas, em razão de críticas feitas pelo artista aos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump. A manifestação ocorreu no domingo (14), por meio das redes sociais.

Gayer classificou Moura como “extremista” e sugeriu que o ator seja incluído na lista de personalidades estrangeiras barradas pelo país. “Esse cara está morando nos EUA e continua apoiando Moraes, atacando TRUMP e dizendo que os EUA agora é uma ditadura. Acho que vale a pena dar uma olhadinha nesse EXTREMISTA”, escreveu o parlamentar no X (antigo Twitter), marcando os nomes de Marco Rubio e Christopher Landau, secretário e vice-secretário de Estado dos Estados Unidos.

A reação de Gayer veio após entrevista de Wagner Moura à BBC News Brasil, na qual o ator comentou a recepção de seu novo filme, O Agente Secreto, lançado no Brasil em 10 de setembro, em Recife. Segundo Moura, o público brasileiro celebrou a estreia, enquanto nos festivais norte-americanos a acolhida foi mais melancólica.

Durante a entrevista, o ator também fez críticas ao cenário político dos Estados Unidos, afirmando que o país apresenta “tendências autoritárias evidentes” e que deixou de ser uma democracia. Moura também condenou a postura de Trump em relação a imigrantes em situação irregular, relatando que muitos vivem com medo de serem abordados por questões raciais e documentais.

Residente em Los Angeles há sete anos com a esposa e os três filhos, Moura afirmou conhecer diversos imigrantes ilegais e destacou o clima de insegurança entre latinos e mexicanos na cidade.

O artista também comentou o julgamento no Brasil que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes de sua cúpula pela tentativa de golpe de Estado, comparando o episódio aos acontecimentos nos Estados Unidos após a derrota de Trump em 2020. Na ocasião, o republicano foi acusado de incitar uma rebelião, mas acabou absolvido. Em 2024, voltou a vencer as eleições presidenciais e nega qualquer ilegalidade.

Com informações do Estado de Minas

 

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