Durante a abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada nessa segunda-feira (22) em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e outros 16 chefes de Estado e de governo assinaram uma carta conjunta em defesa de uma transição energética justa e equitativa. O documento foi divulgado paralelamente à New York Climate Week e antecipa os debates da COP30, marcada para novembro em Belém (PA).

O texto reforça a urgência em acelerar a produção e o consumo de energias limpas, com base nos compromissos firmados na COP28. Embora os investimentos em fontes renováveis já superem os destinados a combustíveis fósseis, os líderes alertam para desigualdades regionais, especialmente em países africanos e asiáticos, que ainda enfrentam dificuldades de financiamento.

Entre as medidas anunciadas está a criação do Fórum Global de Transições Energéticas, que reunirá governos, bancos, empresas e instituições internacionais. O objetivo é ampliar investimentos, reduzir riscos e apoiar países em desenvolvimento na implementação de soluções sustentáveis.

A meta estabelecida pelo grupo é ambiciosa: instalar 11 terawatts de capacidade em energias renováveis até 2030, triplicar a geração limpa e dobrar a eficiência energética no mesmo período. Os signatários também defendem reformas na arquitetura financeira global, para garantir que os compromissos climáticos se traduzam em ações concretas.

Segundo o documento, esta década será decisiva para determinar se o mundo conseguirá avançar rumo a um futuro mais sustentável, equitativo e próspero.

Além do Brasil, assinam a carta representantes de Austrália, Bangladesh, Barbados, Canadá, República Democrática do Congo, Comissão Europeia, Granada, Haiti, Jamaica, Quênia, Noruega, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, África do Sul, Emirados Árabes Unidos, Reino Unido, Uruguai, Agência Internacional de Energia e Agência Internacional de Energia Renovável.

Com informações da Agência Brasil

 

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