A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) registrou um momento decisivo na última segunda-feira (22), com a prisão em flagrante do economista Rubens Oliveira Costa. A ordem foi dada pelo relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), após Costa ser acusado de mentir e omitir informações relevantes durante seu depoimento.

Costa é suspeito de atuar como lobista, intermediando a comunicação entre o INSS e operadoras que aplicavam descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Segundo os parlamentares, ele apresentou diversas contradições ao longo de seu depoimento, o que levou à sua detenção imediata. Além disso, é apontado como braço direito do chamado “careca do INSS”, considerado uma das figuras centrais no esquema fraudulento.

Após a prisão, o economista foi conduzido pela Polícia Legislativa e passou algumas horas na carceragem. Ele foi liberado na madrugada de terça-feira (23), após o pagamento de fiança. A possibilidade de transferência para a Polícia Federal ou outra unidade prisional em Brasília chegou a ser cogitada.

De acordo com o deputado Alfredo Gaspar, Costa ocultou documentos, omitiu informações e negou envolvimento nas irregularidades, apesar das provas reunidas pela investigação. A Polícia Federal apurou que o economista movimentou cerca de R$ 50 milhões em suas contas, montante que teria origem em desvios de valores de aposentados e pensionistas.

A CPMI aguarda agora o depoimento do “careca do INSS”, que havia faltado à oitiva marcada para a semana passada. A nova audiência está prevista para esta quinta-feira (25) e é vista como crucial para o avanço das investigações.

O caso reforça a gravidade das fraudes que vêm sendo apuradas e aprofunda as preocupações em torno da integridade dos repasses feitos pelo INSS a milhões de beneficiários em todo o país.

Com informações da Jovem Pan

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