A atriz e comediante Berta Loran faleceu aos 99 anos na noite do último domingo (28), em uma unidade de saúde particular localizada em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela coluna de Fábia Oliveira. A artista, que completaria 100 anos em março de 2026, estava reclusa e mantinha distância da imprensa nos últimos anos de vida. A reportagem tentou contato com a assessoria do hospital, mas ainda não obteve retorno.

Nascida em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta Loran imigrou para o Brasil ainda na infância, fugindo das perseguições contra judeus na Europa. Radicada no Rio de Janeiro, começou a carreira artística nos teatros de revista, onde conquistou o público com sua irreverência, naturalidade e espontaneidade.

A trajetória de Berta na televisão teve início na década de 1960, e seu rosto tornou-se familiar ao público brasileiro em produções humorísticas como Balança, Mas Não Cai, Escolinha do Professor Raimundo e Zorra Total. Também participou de novelas e minisséries, consolidando-se como uma das pioneiras do humor feminino em um meio historicamente dominado por homens.

Com seu sotaque marcante e estilo debochado, Berta Loran foi referência no humor nacional ao longo de quase oito décadas de carreira. Em 2016, foi homenageada no livro Berta Loran: 90 anos de humor, do produtor cultural João Luiz Azevedo, que também confirmou a postura reservada da atriz em relação à mídia.

Nos últimos anos, Berta evitava aparições públicas e recusava convites para entrevistas, como os feitos pelos programas The Noite, de Danilo Gentili, e Sem Censura, mesmo após o envio de uma mensagem afetuosa da apresentadora Cissa Guimarães. Segundo uma amiga próxima, que preferiu não se identificar, a atriz também não recebia visitas e preferia manter sua imagem preservada.

Com uma carreira que atravessou diferentes fases da televisão brasileira, Berta Loran será lembrada como um símbolo de resistência, talento e pioneirismo no humor nacional.

Com informações do Metrópoles

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