A Casa Branca reagiu nesta sexta-feira (10) à decisão do Comitê Norueguês do Nobel de conceder o Prêmio Nobel da Paz de 2025 à líder da oposição venezuelana María Corina Machado. A resposta veio por meio do diretor de comunicação de Donald Trump, Steven Cheung, que acusou o comitê de ter colocado “a política acima da paz”.
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, afirmou acreditar que merecia o prêmio em razão de seus esforços para acabar com conflitos no Oriente Médio, especialmente a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Ele também declarou que encerrou sete guerras durante seu mandato.
“O presidente Trump continuará firmando acordos de paz, encerrando guerras e salvando vidas. Ele tem o coração de um humanitário, e nunca haverá ninguém como ele, capaz de mover montanhas com a força de sua vontade”, afirmou Steven Cheung. Segundo ele, a escolha do comitê demonstrou que “prioriza a política acima da paz”.
O Prêmio Nobel da Paz de 2025 foi concedido a María Corina Machado “por seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos para o povo da Venezuela e por sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia”, segundo o Comitê Norueguês.
María Corina Machado, que está escondida desde que passou a ser perseguida pelo governo venezuelano, afirmou estar em “choque” com a premiação. Em contato com o aliado Edmundo González Urrutia, ela disse não acreditar que havia sido escolhida. Impedida de disputar as eleições presidenciais de 2024, Corina tornou-se um dos principais símbolos da resistência democrática no país.
Em nota, o comitê destacou: “Como líder do movimento pela democracia na Venezuela, María Corina Machado é um dos exemplos mais extraordinários de coragem civil na América Latina nos últimos tempos”.
A premiação deste ano reacendeu debates sobre os critérios do Nobel da Paz e gerou reações políticas em escala internacional, evidenciando os diferentes entendimentos sobre o conceito de paz no cenário geopolítico atual.
Com informações do Metrópoles