O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) deflagrou nesta sexta-feira (17), uma operação para combater a falsificação e adulteração de bebidas alcoólicas na capital paulista. A ação ocorre uma semana após a descoberta de uma fábrica clandestina em São Bernardo do Campo e tem como alvo suspeitos de integrar o mesmo esquema criminoso.
As equipes policiais estão nas ruas para cumprir sete mandados de busca e apreensão. Entre os alvos da operação estão familiares da mulher presa em flagrante na semana passada, apontada como responsável pela produção das bebidas falsificadas. Eles são investigados por envolvimento na distribuição das bebidas que resultaram em intoxicações graves e mortes.
Um dos casos mais graves ocorreu em um bar localizado na região da Saúde, zona sul da capital, onde um homem permanece internado em estado grave após consumir o produto adulterado. Já na Mooca, zona leste de São Paulo, dois homens — de 54 e 46 anos — morreram após ingerirem a mesma bebida falsificada.
Durante as diligências desta sexta-feira, os policiais apreenderam o celular de um homem suspeito de fornecer os vasilhames utilizados na falsificação. Os investigadores também identificaram o fornecedor da bebida consumida por uma das vítimas, o que reforça a conexão entre os casos e o grupo investigado.
Segundo balanço divulgado pelo governo de São Paulo na última quarta-feira (15), um homem de 37 anos, morador de Jundiaí, é a sexta vítima confirmada por ingestão de metanol. Outras 57 pessoas apresentaram sinais de intoxicação, incluindo um homem de 50 anos que também faleceu.
As investigações seguem em andamento para identificar todos os envolvidos na cadeia de produção e distribuição das bebidas adulteradas. Um novo balanço sobre o caso será divulgado nesta sexta-feira (17) pelo governo paulista.
Com informações do Itatiaia