O número de mortos no incêndio de grandes proporções que atingiu um complexo de apartamentos em Hong Kong na quarta-feira (26) chegou a 128, enquanto cerca de 200 pessoas permanecem desaparecidas. A Comissão Independente contra Corrupção de Hong Kong (ICAC) já prendeu oito suspeitos relacionados ao caso.
As buscas pelos desaparecidos continuam. Até agora, apenas 39 das vítimas foram identificadas. Enquanto equipes atuavam no rescaldo e apagavam focos remanescentes nas torres, familiares precisaram reconhecer corpos por meio de fotografias registradas pelos socorristas.
O chefe de segurança de Hong Kong, Chris Tang, afirmou que ainda há possibilidade de encontrar mais corpos dentro das estruturas danificadas. “Nosso objetivo agora é garantir que a temperatura no prédio diminua e, assim que tudo for considerado seguro, a polícia coletará evidências e conduzirá uma investigação mais aprofundada”, disse.
As operações de resgate foram concluídas, e pelo menos 79 pessoas ficaram feridas, entre elas 12 bombeiros que atuaram no combate às chamas.
O incêndio atingiu o condomínio Wang Fuk Court, localizado na região de Tai Po. O conjunto residencial tem oito prédios de 31 andares, somando dois mil apartamentos e mais de 4.600 moradores. Bombeiros acreditam que o fogo se espalhou de um edifício para outro devido à ação do vento e das cinzas. Mais de 700 profissionais participaram da resposta ao incidente.
O caso ocorre após um ano de reclamações de moradores sobre falhas de segurança. Em 2023, autoridades informaram que o local apresentava “riscos de incêndios relativamente baixos”, mesmo após alertas constantes sobre a inflamabilidade de materiais utilizados em reformas.
O presidente da China, Xi Jinping, enviou condolências às famílias e determinou que “tudo seja feito para extinguir o incêndio e minimizar as vítimas e as perdas”.
O incêndio é considerado o mais grave registrado em Hong Kong desde 1948, quando 176 pessoas morreram em um armazém. Com dezenas de vítimas já confirmadas e centenas de desaparecidos, as investigações seguem para determinar responsabilidades e esclarecer as falhas que possibilitaram a tragédia.
Com informações do Hoje em Dia









