O índice de pessoas analfabetas com mais de 15 anos diminuiu 1,4% em Minas Gerais, entre 2011 e 2013. Mesmo com a queda percentual, o analfabetismo ainda atinge cerca de 1,2 milhão de pessoas no Estado. Os dados são da última edição da Pesquisa por Amostra de Domicílios (PAD-MG), realizada a cada dois anos pela Fundação João Pinheiro (FJP) com 18 mil residências em todas as regiões mineiras.
A Grande BH registrou taxa de analfabetismo de 4,4%, a menor do Estado. Os Vales do Jequitinhonha e Mucuri, por outro lado, tiveram a maior taxa (19,9%). A maior queda aconteceu na região Norte do Estado, que diminuiu 4,3% entre 2011 e 2013.
O pesquisador em educação Cláudio de Moura Castro explica que o analfabetismo está concentrado entre os idosos e continuará a diminuir de forma gradativa nos próximos anos. ?A queda do índice virá com mortalidade nessa faixa etária, o que é algo previsível e que deve se confirmar no próximo censo?, afirmou.
A pesquisa revelou ainda que 16,1% das crianças mineiras de zero a três anos frequentam creches. Para Castro, os dados não representam uma realidade negativa para o Estado.
?As creches são relativamente novas no modelo de educação brasileiro. A criança realmente começa a aprender a partir da educação infantil. O mais importante é sabermos se as pré-escolas estão oferecendo um bom conteúdo?, avalia. Outro destaque do estudo é que as mulheres estudam, em média, por um período 0,3% maior do que os homens.
?Os meninos entram no mercado de trabalho mais cedo. Como as mulheres enfrentam dificuldades de inserção, elas tendem a permanecer mais tempo estudando?, explica a pesquisadora da FJP Nícia Moreira.
Queda dos inativos
A população considerada inativa no Estado caiu 4,6% entre 2009 e 2013, como reflexo da redução da dependência de jovens menores de 14 anos e idosos acima de 60 anos. A tendência é que a população com idade produtiva (entre 15 e 59 anos) sustente uma proporção menor do grupo dependente.
Novamente, a região com maior dependência total (62,2%) foi a Norte. Os motivos são a maior fecundidade e a diminuição dos fluxos migratórios nas idades produtivas. A menor sobrecarga da população ativa aconteceu na Zona da Mata (49,9%).

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