Todo ano, por volta dos meses de agosto e setembro, no auge da seca, tem sido difícil para todos.

A baixa umidade, a dificuldade de respirar, a proliferação de doenças respiratórias, a secura das plantas, as árvores retorcidas, as ruas empoeiradas, os rios secando, nas cidades somente restando esgotos nos rios, e, para completar, o cenário devastador, o aumento das queimadas. Todo este quadro é desolador.

Os paliativos usados não solucionam totalmente a falta de chuvas, como umidificador, toalha molhada nos quartos, bacia de água nos cômodos.

É neste contexto que nesta época diariamente fico contando os dias para a chegada das chuvas, em uma espera insuportável.

Uma vez, nesta mesma época, eu disse para a minha filha que naquele dia iria chover. Ela discordou de mim e fizemos uma aposta valendo R$2. Não choveu, perdi a aposta e dobrei a aposta para R$4. Perdi novamente e fui dobrando e perdendo, com a aposta passando para R$8, R$16, R$32, R$64, R$128, e chegou a R$256, quando me dei por vencido e paguei a aposta, de forma parcelada, lógico. O incrível é que a chuva ainda demorou mais 10 dias para acontecer.

Assim, todos os anos nos meses de agosto e setembro fico a esperar, dia após dia, a chegada da chuva.

Quando chega a primeira chuva, depois de uma seca anual prolongada, podemos finalmente respirar profundamente. Este fato é uma grande benção e relembra a importância da manutenção dos mananciais, minas e áreas verdes e a existência de uma política permanente de valorização e preservação destas áreas, inclusive compensando financeiramente os possuidores deste precioso bem, o qual é valioso para toda a comunidade.

Viver lutando por princípios pode até ser mais fácil do que viver por princípios, mas no caso de preservação do meio ambiente é questão de sobrevivência da raça humana.

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