Em entrevista ao Café com Política, da FM O Tempo 91,7, o senador Carlos Viana (Podemos) afirmou que “a esquerda tem sido mais inteligente que a direita” no país. A afirmação do senador foi durante uma resposta em que avaliou a última disputa eleitoral, em que tentou o governo mineiro.

Viana é possível pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte. Na última pesquisa Datatempo, o senador figurou em segundo lugar no levantamento de intenções de voto, com 10,4% das intenções de voto, no cenário estimulado, quando 15 nomes foram testados. O nome do senador ficou atrás somente do deputado estadual Mauro Tramonte (Republicanos).

Nesta segunda-feira (18), pela manhã, Carlos Viana disse que espera ter uma campanha propositiva para a Prefeitura.

“Foi uma decepção a campanha (ao governo), não pelos votos, fui o terceiro mais votado, mas foi porque não falamos de transporte público, Educação, que é um tema que gosto muito de falar. Temos que voltar os olhos para a educação e saúde no país. Não falamos sobre nada, só disputa de Bolsonaro e Lula. Isso é estéreo, não gera nada. Sou direita na minha visão, sou conservador, evangélico, entendo que isso é parte importante da minha vida”, comentou o senador. Na opinião dele, as pessoas precisam saber disso, entender essas posições políticas e de vida dele.

Ao comentar sobre esquerda e direita no país, o senador mineiro afirmou que “a esquerda tem sido mais inteligente que a direita”. Segundo ele, “a esquerda abraçou pautas que a direita, a vida toda. levantou, como privatização de estradas, concessão de serviços públicos”.

De acordo com o senador, “a esquerda não é mais radical como no passado” e que “sobraria o PSOL, que também é estéreo e não conversa com ninguém, só entre eles”. Viana apontou que o Partido dos Trabalhadores que hoje ocupa a cadeira presidencial “pegou muitas bandeiras da direita”.

Carlos Viana ainda criticou o “extremismo da direita” que esteve presente no último governo, mesmo tendo feito campanha ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro. “No caso que tivemos no governo passado, não tivemos proposta de país. A liberação de armas não é prioridade para ninguém, só para grupos pequenos, para a pessoa que quer ter direito a ter arma. Isso não é proposta nacional”, criticou.

Posteriormente, Viana explicou que “a esquerda tem sido mais inteligente em se repensar” e que a direita tem seus posicionamentos, mas precisa sair do extremismo que ficou nos últimos quatro anos e precisa abraçar pautas de combate à pobreza e à miséria, por exemplo.

“Não é pauta de esquerda, isso é de país. É comum a gente ir aos comícios da direita e ver que ninguém queria saber se tem remédio no posto de saúde porque tem dinheiro pra comprar na farmácia. Ninguém quer saber se as UPAs estão funcionando porque têm plano de saúde. Ninguém quer saber se a escola pública tem uniforme para as crianças, ou se tem livros, porque tem escola particular. Esse pensamento de sociedade fechada leva a direita a perder as eleições. O posicionamento, até mesmo religioso, tem que ficar no púlpito. Eu não fui eleito como senador evangélico para pregar, fui eleito para trazer soluções políticas e política envolve também quem não é religioso”, detalhou.

O senador disse ainda que a pauta de costumes é importante e deu o exemplo de que não autorizaria a criação de banheiro compartilhado em escolas, mas que isso é um ponto a mais na política, não algo relevante. “Eu quero é que as crianças saiam do ensino fundamental alfabetizadas e com média 7. Isso sim é proposta”, finalizou.

Fonte: O Tempo

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