O bitcoin é uma moeda virtual, transacionada pela internet, protegida por criptografia, sem regulamentação, com origem nos anos 2000, com transações efetuadas entre os próprios usuários, sem a interferência governamental e não precisa ser efetuada pelo sistema bancário convencional.

Uma das críticas ao uso do bitcoin como meio de pagamento é a falta de regulamentação e o caráter especulativo do seu valor real, o que gera alta volatilidade da cotação.

É certo que o ser humano já utilizou diversas espécies de moeda para viabilizar as trocas, desde o escambo (troca de mercadorias), até produtos moeda, como o gado e o sal, posteriormente os governos passaram a adotar o uso de metal como moeda, devido as suas facilidades de entesouramento, divisibilidade e transporte.

A primeira transação com bitcoin aconteceu no ano de 2010, para pagar uma pizza, que valia US$25.

Atualmente, cerca de 100 mil estabelecimentos comerciais no mundo aceitam bitcoins como forma de pagamento, tem 2 milhões de usuários em todo o mundo e 50 mil no Brasil, e já tem o valor acumulado de US$10 bilhões. No Brasil é possível encontrar as empresas que aceitam bitcoins no site www.bitcoinnews.com.br.

O Bitcoin se transformou em um novo negócio, com diversas empresas especializadas em prestar o serviço, seja câmbios e corretoras de valores especializadas na compra e venda da moeda, carteiras digitais, empresas de caixa eletrônico, consultorias, fabricação de supercomputadores capazes de minerar, canais de troca de informações.

Os bitcoins são gerados por softwares de “mineração” digital, efetuado por pessoas que cedem capacidade de processamento de computadores e, em compensação, recebem parte dos bitcoins. É um processo com custo elevado, devido os gastos com energia elétrica, equipamentos e desgaste dos computadores, devido o software gerador ter sido desenvolvido de forma que quanto maior o número de computadores minerando a moeda, maior será o nível de dificuldade em realizar a tarefa.

Existem três formas de adquirir bitcoins. A primeira forma é pela compra em casas de câmbio e corretoras. A outra é por meio de operações de compra e venda. Por último, seria pela mineração de moedas.

Os internautas têm usado o bitcoin para fazer transferência para o exterior, devido esta operação ter baixo custo, com economia de 10% do valor a ser remetido, pois não tem pagamento de taxas (custo de remessa, corretagem, além do imposto). No Brasil, o usuário tem convertido real por bitcoin, após isto faz a remessa do bitcoin e no exterior o bitcoin é revendido para moeda local (dólar, euro, etc.).

A aquisição de bitcoins é efetuada através das diversas corretoras especializadas no mercado, onde deve ser feito o cadastro e, após isto, pode-se comprar e vender bitcoins.

Os investidores em bitcoin são atraídos pela alta lucratividade, pela dificuldade de sua criação, pela instabilidade da economia, por novos usos da moeda, pela facilidade de remessa e de pagamento. Entretanto, estes investidores devem adotar os mesmos procedimentos de análise de riscos, pois, como todo investimento, esta moeda tem mostrado cotação volátil e, assim pode gerar grandes lucros ou mesmo acarretar prejuízos. Além disto, este investimento não é regulado e não tem a segurança jurídica, pois o processo de compra, venda ou transações é feito sem a intermediação de banco ou a supervisão de autoridades que garantam a operação.

Todo cidadão deve declarar os seus rendimentos e os seus bens em sua declaração da Receita Federal no Brasil. Logo, mesmo as criptomoedas não sendo reguladas, os ganhos de rendimentos advindos de operações de bitcoins devem ser declarados para efeito de cálculo de imposto de renda e o valor total existente em bitcoins deve ser informado como bens da pessoa, seja física ou jurídica.

O bitcoin é um fenômeno não só na internet e tem a adesão crescente de novos usuários, tornando-se um sistema financeiro alternativo à economia formal, com uma cadeia econômica baseada na moeda, devido às características e os interesses dos agentes econômicos de terem novas oportunidades de negócios e estarem atuando em um mercado livre de regulamentações e entraves burocráticos.

O certo é que a nova moeda atrai entusiastas, mas ainda teremos que aguardar um tempo para sua estabilização como meio de pagamento e aceitação por todos os agentes econômicos, principalmente governamentais e do sistema financeiro.

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