Foi ferrenha a eleição do Clube dos 13, realizada no início da semana em São Paulo, que confirmou a permanência de Fábio Koff (foto) à frente da entidade que preside desde 1996. Vinte equipes tinham direito a voto e o mandatário dos últimos cinco pleitos venceu Kleber Leite, ex-presidente do Flamengo, por 12 a 8. No entanto, constantes trocas de lado, vendas de voto e oferecimento de benefícios como empréstimos financeiros iniciaram a guerra por votos antes da eleição. Em jogo estavam, principalmente, os direitos milionários do Campeonato Brasileiro para o próximo triênio. Kleber Leite tinha o apoio da TV Globo e o lobby do presidente da CBF, Ricardo Teixeira.
Direitos de TV
Apesar das fracas e poucas promessas de campanha, ambos os candidatos se armaram com o mote de que lutariam pela renegociação dos diretos de transmissão do Brasileirão. Atualmente a Rede Globo paga cerca de R$ 660 milhões anuais, número considerado irrisório perto de um campeonato como a Premier League da Inglaterra, na qual os clubes recebem cerca de R$ 3 bilhões por ano. Porém, em uma realidade mais próxima, o futebol brasileiro neste quesito tem investimento menor do que a TV turca paga para os times de seu país: R$ 750 milhões por ano.
Lobby I
Kleber Leite teve aliados fortes, mas não suficientes para desbancar Koff. Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista de Futebol, foi um dos seus principais cabos eleitorais. Fez contato com todos os cartolas paulistas, mas conseguiu sensibilizar apenas Santos e Corinthians. O Palmeiras e o São Paulo preferiram optar por Koff, mesmo que tal atitude custe ao Tricolor uma interminável briga de interesses com a CBF, o que pode resultar no veto do Morumbi à Copa de 2014.
Lobby II
De acordo com informações do jornal Correio Braziliense, de olho na manutenção dos valores vigentes do contrato de transmissão da Série A, que termina em dezembro de 2011, a Globo teria liberado um suspeito empréstimo de R$ 8 milhões ao Corinthians. Já a CBF teria oferecido a mesma quantia ao Botafogo, clube que assinou o pedido de reeleição de Koff e, subitamente, mudou de lado. E mesmo com aliados tão poderosos, Kleber Leite sequer teve o voto do seu ex-clube, o Flamengo, que integrou a chapa de Koff. Até o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, esteve na Gávea para tentar mudar Patrícia Amorim de ideia.
Mineiros em lados opostos
Alexandre Kalil, presidente do Atlético, optou por apoiar Fábio Koff, mesmo que o Clube dos 13 em todos esses anos nunca tenha olhado tanto pelo futebol mineiro. Apesar da recente reconciliação anunciada, Kalil não é próximo a Ricardo Teixeira. Já Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro, apoiou Kleber Leite, que é seu amigo pessoal de longa data. No cargo há 14 anos, Fábio Koff jura de pé juntos que sempre foi contra o continuísmo. Mas ele agiu com rapidez quando percebeu a crescente campanha de Kleber Leite e em uma manobra política, dessas que se vê principalmente no Brasil, ele conseguiu antecipar as eleições, que seriam realizadas somente no segundo semestre. Desta forma, Kleber Leite teve apenas duas semanas para angariar votos e, mesmo com aliados de peso, foi derrotado.
Fazendo bonito
A equipe de Franca se classificou para a terceira fase da 2ª Copa Record de Futsal Feminino. O time iniciou sua caminhada na fase decisiva ontem contra a equipe de Matão. Na classificação da 2ª fase, pelo Grupo 6, Franca foi líder com nove pontos, tendo vencido as equipes de Restinga (5 a 2), Itirapuã (9 a 0) e Pontal (6 a 1). Um dos destaques da equipe de Franca é a formiguense Sharlene Oliveira, uma das artilheiras do campeonato. O torneio é disputado por 39 cidades do inteior de São Paulo.

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