A greve dos professores da rede estadual de Minas Gerais, deflagrada no último dia 2 pelos docentes contrários ao retorno das aulas presenciais, encerrou oficialmente nessa terça-feira (17). Com o fim do movimento, as atividades dentro das instituições afetadas pela paralisação retomam nesta quinta-feira (19).

O fim da greve foi homologado após audiência no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Na semana passada, o Poder Judiciário já havia determinado o término da greve, sob pena de multa de R$ 20 mil por dia de descumprimento. E, na tarde de terça, o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) concordou com o fim da greve. 

Além do retorno das aulas presenciais, ficou acertado que os professores terão 90 dias para repor as atividades que deixaram de ser ministradas nas escolas no período do movimento. Também ficou acordado que haverá abono das faltas-greve, e que novas reuniões entre o sindicato e a Secretaria Estadual de Educação (SEE) serão agendadas para discutir sobre as aulas presenciais. 

Balanço do governo revela que 1.661 escolas estaduais estão reabertas, em 256 municípios. Essas unidades atendem um total de 952 mil alunos em todas as etapas de ensino. 

Aulas presenciais

Nas localidades inseridas nas Ondas Amarela ou Verde do plano Minas Consciente, todos os alunos da rede estadual, incluindo turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e dos períodos da educação profissional e curso normal, podem voltar a frequentar as escolas, desde que não exista decreto impeditivo por parte da Prefeitura e seja da vontade das famílias. 

Nos locais em Onda Vermelha, seguem autorizados apenas os anos iniciais do ensino fundamental, ou seja, do 1º ao 5º ano. Conforme última deliberação do Estado, a macrorregião Triângulo do Sul é a única localidade que continua na Onda Vermelha devido ao aumento da incidência da Covid e alta na ocupação de leitos. 

Greve

Ao deflagrar a greve, o Sind-UTE/MG ressaltou que, mesmo com a vacinação dos docentes, não era o momento das escolas voltarem a ser frequentadas pelos estudantes e pelos professores.  “A rede estadual de Minas não apresenta segurança sanitária nas escolas para um retorno presencial, o processo de vacinação no Estado não garantiu a imunização completa com a segunda dose na categoria e as crianças e adolescentes sequer têm um cronograma de vacinação”, declarou na ocasião a coordenadora-geral da entidade, professora Denise Romano.

A SEE, por sua vez, defendeu que a “retomada híbrida, gradual e facultativa das atividades presenciais vem ocorrendo com todo cuidado e segurança, cumprindo rigorosamente os protocolos sanitários da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), desenvolvidos por um grupo de trabalho formado por especialistas nas áreas de saúde e educação, e balizada por critérios técnicos que orientam as deliberações do Comitê Extraordinário Covid-19”.

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