Durante uma coletiva de imprensa conduzida pela Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE) nessa quinta-feira (28) o delegado Tarcísio Tenório, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), revelou que o advogado Celso Adão Portella, encontrado morto dentro de uma geladeira, estava recebendo benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O delegado Tenório informou que Celso Portella estava aposentado pelo INSS e que solicitaram informações adicionais à direção do INSS, que ainda não foram divulgadas devido ao sigilo. Ele esclareceu que o advogado recebeu aposentadoria até 2019, e agora estão tomando medidas sigilosas para obter informações de instituições financeiras, a fim de verificar se houve saques após o seu falecimento.
As investigações sobre o caso estão em andamento e, embora ainda não tenham chegado a uma conclusão, o delegado Tenório destacou que o prazo para o encaminhamento do inquérito é de 30 dias. Ele também mencionou que a principal suspeita no caso, uma técnica de enfermagem que teria ocultado o corpo de Celso na geladeira, não está mais sob prisão preventiva, mas sob medida cautelar.
A defesa da técnica de enfermagem, por sua vez, afirmou que sua cliente não se beneficiou de nenhuma fonte de renda proveniente da vítima, contradizendo as suspeitas levantadas pelas autoridades. A investigação continuará a esclarecer os detalhes deste caso complexo.
Portella não era visto desde 2016
O caso
Uma mulher de 37 anos, técnica de enfermagem, está presa preventivamente desde quinta-feira (21) e é investigada por envolvimento na morte de Celso.
O caso foi descoberto por um oficial de justiça na quarta-feira após o cumprimento de uma ordem de despejo no apartamento onde ela vivia, no bairro Suíssa, em Aracaju. No imóvel, que estava em estado insalubre, residia também a filha dela, uma criança de 4 anos.
A mulher foi detida e ficou sob custódia. O corpo do homem foi encontrado depois, em avançado estado de decomposição, dentro de uma mala que estava em uma geladeira.
A mulher disse, em depoimento à Polícia Civil, que os dois tiveram um relacionamento amoroso. Contou que um dia, em 2016, voltou para casa do trabalho e encontrou o companheiro morto. Por medo, guardou o corpo na geladeira.
Essa mulher é suspeita de ocultação de cadáver e de maus-tratos contra a filha por conta de ter submetido ela a uma situação como essa. A menina foi acolhida pelo Conselho Tutelar. A mulher foi encaminhada para uma avaliação psiquiátrica no Hospital São José, em Aracaju, e, agora, está no Hospital de Custódia.
A causa da morte do companheiro é investigada e deve ser constatada pelo exame que é feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). Se houver indícios de morte por causa violenta, a mulher pode ser responsabilizada.
Fonte: Alô News e G1
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