Há quem diga que a tenacidade e a perseverança são capazes de vencer todas as dificuldades às quais nos propomos enfrentar! Verdade!

Aqui neste nosso Estado de Minas Gerais, com um “jeitinho” bem peculiar, mas carregado de coragem e de mineiridade, há décadas, um grupo de abnegados faz com que o ditado popular que intitula este “causo” seja, de fato, entendido como algo real, possível.

Afinal de contas não é ao acaso que a defesa das águas de Furnas em níveis aceitáveis e capazes de propiciar o multiuso delas, (das águas), acabe gerando empregos, renda, benefícios sócio-econômico-sociais e ambientais, para uma vasta região que, durante algumas décadas, veio sendo prejudicada por ações governamentais, ou pela falta delas. Estas, em sua maioria, determinadas por gente lotada nos  primeiros escalões da esfera federal, notadamente, por paus mandados, colocados à frente de uma tal Agência Reguladora que, ao invés de regular e de gerir os interesses coletivos, como manda a lei, especializou-se em priorizar e/ou proteger grupo ou grupos privados, em detrimento das populações que vivem, notadamente, nas áreas de influência de nada menos que 34 municípios lindeiros do lago artificial que se formou a partir da construção da Hidrelétrica de Furnas.

Esta semana, mais uma vez, quem sabe reeditando dezenas de simpósios realizados ao longo das três últimas décadas, novamente a ALAGO –  a CIMLAGO, a CNM e o MPMG, estarão no dia 31 de maio, tratando de temas importantes e relacionados com a obediência ao previsto na Constituição do Estado de Minas Gerais,  a qual determina que o nível do reservatório não baixe mais que o previsto, ou seja, respeitando o limite estabelecido pela cota 762.

Para quem conhece toda a história e o quanto lutamos, sim LUTAMOS, para obtermos esta importante vitória, registramos aqui, em poucas linhas, o que a ALAGO, representou como aliada à frente de tal objetivo, quando, diretamente participou de todas as iniciativas junto da sociedade civil, de entidades e de alguns políticos que se mobilizaram e ainda se mobilizam para fazer com que o governo atenda a estes objetivos mais que legítimos dos mineiros, assim como de todos aqueles que dependam do multiuso das águas para sobreviverem.

Importante lembrar que hoje, final do mês de maio, o nível da represa está apenas a 7 cm abaixo da cota máxima, 768, numa prova evidente de que bastou uma virada na forma de gerir o uso da água – por parte da ANA / ONS para que isto ocorresse.

Por que será que não perceberam antes que este milagre, que afirmamos, não foi realizado por São Pedro, era algo possível de ocorrer? A resposta vem a seguir ao republicarmos a Carta Aberta de Alfenas, trazida a público em 8 de junho de 2001.

Qualquer semelhança com outros fatos registrados pela imprensa,  de lá para cá, é mera  coincidência!

A esta carta (vide abaixo) se sucederam muitas outras, todas subscritas por participantes de vários outros encontros em que se mostrou aos governantes de plantão, os erros a que eram induzidos, quem sabe ao adotarem como corretas as opiniões dos gestores da ANA, ONS e outros órgãos afins, sabe-se lá por quais razões.

Mas, felizmente a história hoje é outra!

Vem aí uma nova Carta de Alfenas. Que ela seja entendida e bem recebida pelas autoridades.  Deverá ser sucinta e em resumo deve apenas exigir que seja cumprida a Constituição e, implementadas desde já, as medidas de saneamento previstas igualmente pela legislação em vigor. Água nós já temos, e daqui pra frente é lutarmos contra a poluição das mesmas. Defender o meio ambiente e a vida é nossa obrigação. Deles também!

Conheça a Carta de Alfenas trazida a público em 2001

Carta de Alfenas:

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