O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) refez a pesquisa das tarifas avulsas dos dez maiores bancos e acompanhou a evolução de seus preços desde abril de 2008, quando entraram em vigor as atuais regras sobre tarifas, até o dia 28 de fevereiro deste ano.
A primeira constatação é a de que em 21 delas (entre 30), o reajuste superou o IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado no período (9,88%). O único banco pesquisado que não reajustou nenhuma das tarifas avulsas dos serviços prioritários foi a Caixa Econômica Federal (CEF).
Por outro lado, o que mais promoveu reajustes foi o Banrisul, aumentando 10 das tarifas avulsas em percentuais bem acima da inflação. Em uma das tarifas (fornecimento de folhas de cheque), o reajuste chegou a 328,57% ou 33,3 vezes a inflação. Também a tarifa de cheques de transferência bancária subiu 21,2 vezes o IPCA acumulado do período. Essas mesmas tarifas foram reajustadas em 15,9 vezes a inflação pela Nossa Caixa.
Já as reduções de tarifas ocorreram mais nos bancos que passaram por fusões e aquisições no período entre 2008 e 2009. O Real reduziu 20 tarifas (redução entre 1% e 76%) e o Santander reduziu 14 tarifas (redução entre 1% e 76%). A Nossa Caixa reduziu 12 tarifas.
De acordo com o Idec, o mais importante é que o consumidor faça sua escolha considerando seu perfil de utilização da conta corrente. Se ele necessita sempre de serviços adicionais ao pacote que possui, recomenda-se notar que as tarifas cobradas pelos bancos para serviços bastante utilizados, como extrato mensal adicional, podem variar em até 231% (de R$ 1,30 no Itaú para R$ 4,30 no HSBC). Ou ainda um saque em caixa eletrônico (ATM), cuja valor cobrado pelo Itaú, Unibanco, Nossa Caixa e CEF é R$ 1,30, enquanto o HSBC cobra R$ 2,40 pelo mesmo serviço. Ou seja, ao final do mês, pode haver uma diferença grande nas tarifas incidentes na conta corrente, caso a cesta de serviços escolhida for inadequada.

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