A manchete do diário “O Pergaminho” que circulou em 10 de outubro de 2013, estampou ao lado de um carimbo de EXCLUSIVO, a informação de que o aposentado da Cemig, Paulo César Pacheco, teria se valido de carona em veículo oficial da Câmara Municipal para se deslocar até Belo Horizonte.
O texto trazia também uma série de considerações, até certo ponto “jocosas”, todas alusivas ao comportamento do “jornalista informal” que ali também foi lembrado como sendo o “paladino das boas maneiras pelas redes sociais”.
A matéria tinha também como alvo, o vereador Mauro César, renitente opositor ao governo municipal de então e autor do convite ao fotógrafo Paulo César, para a ida à capital mineira.
Paulo Pacheco sentindo-se ofendido com a tal publicação buscou garantir os direitos dele junto ao Judiciário e na edição de número 4190, que circulou em 4 de setembro de 2015, o Pergaminho comunicou a seus leitores que o jornal fizera acordo com o ex-servidor da Cemig, obrigando-se ainda a estampar em sua capa, que circulou no dia 5 de setembro, a matéria escrita pelo próprio Paulo Pacheco, intitulada: “PAULO PACHECO NÃO USOU CARRO DA CÂMARA EM ATIVIDADES PRIVADAS”, desmentindo assim a tal capa que originou a ação que desta forma, chegava ao fim.
Na mesma edição (4191) em editorial que tratou do assunto “Sobre Paulo Pacheco e a ida a BH”, o editorialista admitiu que “(…) esteve em situação desconfortável com a questão, principalmente porque Paulo Pacheco explicou, agora em detalhes, que não viajou por sua iniciativa e sim atendendo a um convite do vereador Mauro César (…)”
Na sequência, o editorialista mirou sua “metralhadora” contra o vereador, questionando-o e cobrando explicações, dentro é claro, de sua maneira peculiar de fazê-lo, em especial contra aqueles que ele os tem como desafetos.
Detalhe:
Ao noticiar que o jornal fez acordo com Paulo Pacheco, o que pôs fim na ação judicial, o diário informou que o Ministério Público seria oficiado por eventual desvio de conduta do vereador Mauro César que levou Paulo Pacheco a Belo Horizonte em carro oficial.
Ocorre que na quarta-feira (30), o Ministério Público notificou o vereador assim como Paulo Pacheco, informando-os que a Notícia de Fato nº MPMG 0261.16.000734-8, apuração de eventual desvio de conduta parlamentar foi arquivada com solução do problema, visto que as alegações trazidas aos autos foram suficientes para demonstrar que não houve prejuízo ao erário público. A notificação é assinada pela promotora Clarissa Gobbo dos Santos.
Ouvido, Paulo Pacheco foi lacônico: “Acho que um jornal deve ter muito cuidado com a forma pela qual se vale da liberdade de expressão, pois o principal não é vender papel escrito, é passar credibilidade”.
Mauro César também não se estendeu muito: “A verdade, como sempre, tinha que prevalecer. Agora passo a questão para que meus advogados cuidem do resto”.
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