Armazenamento inadequado de água pode trazer riscos

Guardar água exige cuidados e não pode ser feito aleatoriamente, segundo especialistas. Se mal-condicionada ou não tratada, é um risco para a saúde.

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Guardar água exige cuidados e não pode ser feito aleatoriamente, segundo especialistas. Se mal-condicionada ou não tratada, é um risco para a saúde.

Com medo do que vem pela frente em relação ao abastecimento de água, mesmo após as chuvas dos últimos meses, moradores de Formiga, mantém os estoques providenciados no segundo semestre do ano passado, quando a cidade passou por um período de racionamento.
Na época, cada um se virou como podia, para guardar o máximo de água no período do dia, ou nos dias da semana, em que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fornecia: tambores foram improvisados, bombonas e caixas d?água maiores foram compradas e até a piscina das casas foram utilizadas para estocar água. Porém, guardar água exige cuidados e não pode ser feito aleatoriamente, segundo especialistas. Se mal-condicionada ou não tratada, é um risco para a saúde.
Professor associado do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ricardo Motta Pinto Coelho cobra orientação mais refinada dos gestores de água do estado sobre essa questão. ?Não se deve estimular a estocagem de água fora das especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)?, afirma. Entre os problemas, ele cita os riscos estruturais em apartamentos e coberturas, infestação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, e acidentes e mortes por afogamento de crianças nos recipientes com água. ?Percebo um amadorismo no trato institucional da crise de água. Vejo diretores de empresas dando conselhos inadequados que podem colocar o cidadão em risco.?
Em contato com o Saae para saber as recomendações para o armazenamento divulgadas pela autarquia, foi enviada nota afirmando que ?O Saae orienta a população em caso de realizar o armazenamento de água, a armazenar em local adequado e em recipientes próprios, mantendo sempre os recipientes bem fechados. Em caso de dúvidas a população pode entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e solicitar a visita de um agente de endemias (dengue), pelo telefone (37) 3329-1143?.

Reuso eficiente
Coordenadora do curso de engenharia ambiental do Centro Universitário Newton Paiva, Érika Fabri, reforça que a estocagem de água, seja de reuso ou de chuva, deve ser associada à finalidade dela e não deve ser feita por muitos dias. Deve ser usada para fins menos nobres, como lavar quintal, limpar cômodos da casa ou jogar no vaso sanitário e, mesmo assim, exige recipientes lacrados para evitar risco de proliferação de bactérias. A situação muda se usada para higiene pessoal ou de vasilhames e roupas.

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.

Armazenamento inadequado de água pode trazer riscos

Guardar água exige cuidados e não pode ser feito aleatoriamente, segundo especialistas. Se mal-condicionada ou não tratada, é um risco para a saúde.

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Guardar água exige cuidados e não pode ser feito aleatoriamente, segundo especialistas. Se mal-condicionada ou não tratada, é um risco para a saúde.

Com medo do que vem pela frente em relação ao abastecimento de água, mesmo após as chuvas dos últimos meses, moradores de Formiga, mantém os estoques providenciados no segundo semestre do ano passado, quando a cidade passou por um período de racionamento.

Na época, cada um se virou como podia, para guardar o máximo de água no período do dia, ou nos dias da semana, em que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) fornecia: tambores foram improvisados, bombonas e caixas d’água maiores foram compradas e até a piscina das casas foram utilizadas para estocar água. Porém, guardar água exige cuidados e não pode ser feito aleatoriamente, segundo especialistas. Se mal-condicionada ou não tratada, é um risco para a saúde.

Professor associado do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ricardo Motta Pinto Coelho cobra orientação mais refinada dos gestores de água do estado sobre essa questão. “Não se deve estimular a estocagem de água fora das especificações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)”, afirma. Entre os problemas, ele cita os riscos estruturais em apartamentos e coberturas, infestação do mosquito Aedes aegypti, causador da dengue, e acidentes e mortes por afogamento de crianças nos recipientes com água. “Percebo um amadorismo no trato institucional da crise de água. Vejo diretores de empresas dando conselhos inadequados que podem colocar o cidadão em risco.”

Em contato com o Saae para saber as recomendações para o armazenamento divulgadas pela autarquia, foi enviada nota afirmando que “O Saae orienta a população em caso de realizar o armazenamento de água, a armazenar em local adequado e em recipientes próprios, mantendo sempre os recipientes bem fechados. Em caso de dúvidas a população pode entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde e solicitar a visita de um agente de endemias (dengue), pelo telefone (37) 3329-1143”.

 

Reuso eficiente

Coordenadora do curso de engenharia ambiental do Centro Universitário Newton Paiva, Érika Fabri, reforça que a estocagem de água, seja de reuso ou de chuva, deve ser associada à finalidade dela e não deve ser feita por muitos dias. Deve ser usada para fins menos nobres, como lavar quintal, limpar cômodos da casa ou jogar no vaso sanitário e, mesmo assim, exige recipientes lacrados para evitar risco de proliferação de bactérias. A situação muda se usada para higiene pessoal ou de vasilhames e roupas.

Redação do Jornal Nova Imprensa Estado de Minas

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Sobre o autor

André Ribeiro

Designer do portal Últimas Notícias, especializado em ricas experiências de interação para a web. Tecnófilo por natureza e apaixonado por design gráfico. É graduado em Bacharelado em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.