Redação Últimas Notícias

Na sexta-feira (13), a Secretaria de Gestão Ambiental realizou o corte de uma árvore na praça São Vicente Férrer. Apesar de a Prefeitura ter anunciado que a planta apresentava risco eminente de queda, a ação gerou revolta em alguns moradores que usaram as redes sociais para se manifestarem.

Nesta segunda-feira (16),o Últimas Notícias entrevistou o secretário de Gestão Ambiental, Leyser Rodrigues Oliveira que informou que a árvore estava morta. “Realizamos uma análise de diversas árvores de grande porte na praça e esta foi a única planta que estava condenada”, disse o secretário que informou ainda, que um ipê será plantado no mesmo local.

Diversas árvores de grande porte localizadas no Centro e em vários bairros passaram por uma análise técnica. Segundo Leyser, após o estudo, as árvores foram podadas. “Contratamos 25 horas de aluguel de um guincho de braço longo, para facilitar o serviço de poda. Asplantas que estão sadias, apenas foram podadas”,disse o secretário.

Leyser frisou que a Secretaria recebeu diversas reclamações de frequentadores da praça. “Uma prova de que a planta não tinha mais vida era o registro de queda constante de galhos. Recebemos diversas reclamações de pessoas que frequentam o local”.

O secretário acredita que a revolta gerada nas redes sociais foi ocasionada por uma grande confusão. “Além de realizar o corte da árvore, aproveitamos para podar as outras plantas da praça. Acredito que houve uma confusão, pois, os galhos podados das árvores sadias foram descartados junto com as partes da árvore morta. Como aqueles galhos estavam verdes as pessoas presumiram que a planta retirada, também estava saudável”, disse.

Fotos: Secretaria de Gestão Ambiental

“A Prefeitura não corta árvores por esporte”, reiterou Leyser que explicou que após uma avaliação técnica, as plantas são suprimidas em duas situações: quando apresenta queda eminente, que foi o caso da árvore retirada, ou quando a planta causa obstrução de vias ou prejudica a mobilidade.

A situação da árvore era tão grave que a possibilidade de poda sequer passou pela pauta do Codema. “Nesta época do ano a praça recebe mais visitas, devido ao calor e ao funcionamento da fonte luminosa.Nossa obrigação é preservar a segurança de todos”. Confira o vídeo feito pela Secretaria que mostra a situação daplanta:

https://youtu.be/fqQk3A8gfV0

“Formiga mais verde”         

Em meio a toda discussão e manifestação devido à retirada da árvore, o secretário Leyser divulgou com exclusividade ao UN o projeto de arborização urbana que a pasta está desenvolvendo. Denominado “Formiga mais verde”, o projeto consiste em uma avaliação técnica de todas as árvores existentes na cidade e a substituição das plantas que apresentarem riscos e que não são compatíveis com a área em que foram plantadas, por espécies típicas da vegetação do município. “Um exemplo da área que receberá o projeto é a rua Bernardes de Faria. Há duas árvores no local que serão cortadas e substituídas por cinco plantas típicas da região. Já fizemos um estudo na área”, disse Leyser.

O secretário informou que o projeto terá início neste verão. “Nosso objetivo é de até o final desta gestão, em 2020, apresentarmos um saldo positivo de arborização”.

Vegetação típica

A vegetação predominante em Formiga é a típica do cerrado. Segundo maior bioma brasileiro em extensão, o Cerrado é considerado a savana mais rica do mundo em biodiversidade.

A vegetação é, em sua maior parte, semelhante à de savana, com árvores baixas, esparsas, troncos retorcidos, folhas grossas e raízes longas; gramíneas e arbustos.   Além de Minas Gerais, o cerrado brasileiro abrange os estados: Amapá, Maranhão, Piauí, Rondônia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,São Paulo, Tocantins e Bahia.

Sobre o Jequitibá

Questionado sobe o destino do bicentenário jequitibá, que tombou em novembro de 2018 no Parque Municipal Chico Mendes (Parque do Jequitibá) e permanece no mesmo lugar, o secretário informou que um projeto para reaproveitamento da madeira está sendo analisado pelo Ministério Público, Conselho Municipal de Patrimônio Artístico e Cultural (Compac) e Arpa.  “Nosso objetivo é erguer um monumento à árvore no parque e transformar o restante da madeira em móveis que serão disponibilizados nas escolas e outros equipamentos públicos da região do parque”. foto do jequitibá

Foto: Paulo Coelho/Últimas Notícias
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