Durante os seis primeiros meses de 2016, Divinópolis registrou um saldo de fechamento de empresas maior do que os registrados durante o mesmo período de 2015 e 2014. De acordo com a Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), 306 empresas encerraram as atividades no primeiro semestre deste ano.

A situação é a mesma em outras cidades como Nova Serrana e Bom Despacho. Para enfrentar a crise, alguns empresários apostam em pesquisa e criatividade.

Em Divinópolis, a soma de aberturas de novas empresas também foi negativa no primeiro semestre deste ano, quando foram abertos 269 negócios e fechados 313 no mesmo período de 2015 e 273 de janeiro a junho de 2014.

Em Nova Serrana, 90 empresas encerraram as atividades de janeiro a junho deste ano, contra 46 no mesmo período do ano passado. Em Bom Despacho foram 45 fechamentos no primeiro semestre de 2016. No mesmo período de 2015, foram 38.

O consultor de empresas Marcos Fábio Gomes afirma que o número de negócios encerrados na cidade pode ser maior. “Às vezes a empresa está endividada, não dá conta de seguir suas atividades e fecha, mas não tem condição de fazer o encerramento formal. Acreditamos que aproximadamente dentre 20 e 30% das empresas que fecharam não deram conta de dar a baixa correta e encerrar efetivamente as atividades”, pontuou.

O jeito é apostar
Há quatro meses os comerciantes Hiago Almeida e Felipe Costa resolveram abrir a própria empresa. Antes, porém, fizeram um estudo de mercado, como forma de evitar o fracasso do empreendimento. Eles escolheram trabalhar com iluminações de LED para casas e indústrias. “Nos dois últimos anos o preço da energia subiu bastante. Essa é uma lâmpada que permite uma economia de até 80%, de acordo com a que o consumidor usava antes”, disse Hiago.

A perspectiva de mercado é de crescimento. “De muito crescimento, porque agora é que o pessoal está conhecendo nosso produto, nossa maneira de trabalhar e o que oferecemos. Quanto mais a pessoa conhece, mais indica e fala bem do produto. É aquele boca a boca”, acrescentou Felipe.

Para enfrentar a crise, a comerciante Tatiana Nascimento busca reinventar o negócio por meio da criatividade na confecção de produtos exclusivos. Ela também investe em estratégias. “Eu tinha uma loja em bairro, mas vim para o Centro e tenho clientes que consigo atingir no Brasil inteiro. Com isso, vou modificando as coisas, vendo produtos mais personalizados, buscando o que o pessoal está querendo. Sempre antenada na moda, no que o pessoal vai usar, o que o pessoal está preferindo e fazendo bastantes coisas para poder atrair o cliente, como embalagem e atendimento personalizados, para ver se conseguimos sair dessa crise”, finalizou.

 

Fonte: G1 ||

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