Uma bactéria multirresistente, identificada como Acinetobacter baumannii, se espalhou por diferentes setores do Hospital da Criança de Brasília José de Alencar (HCB), incluindo a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O micro-organismo, resistente a diversos antibióticos, infectou crianças e adultos internados na instituição. Apesar da gravidade do quadro, não houve registro de mortes.
De acordo com familiares de pacientes e profissionais de saúde, a bactéria atingiu principalmente crianças em tratamento contra o câncer, recém-operadas ou com imunidade comprometida. Relatos indicam que parte desses pacientes foi transferida da UTI para enfermarias comuns, que não possuíam estrutura adequada para os cuidados necessários. Ainda segundo esses relatos, alguns pacientes infectados teriam sido mantidos no mesmo espaço que crianças sem diagnóstico da bactéria, incluindo pacientes em cuidados paliativos e em tratamento de quimioterapia.
A direção do HCB confirmou a ocorrência dos casos e informou que a situação está sob controle, sem novos registros de infecção. Em nota enviada ao portal Metrópoles, o hospital esclareceu que a Acinetobacter baumannii foi identificada durante um processo periódico de testagem conduzido pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da instituição.
“Considerando a necessidade de controle regular, foram identificados casos da bactéria Acinetobacter baumannii em pacientes internados em uma de suas UTIs”, afirmou o hospital. A direção também destacou que os pacientes infectados não apresentaram consequências clínicas e que medidas de contenção foram adotadas, incluindo o bloqueio da UTI, o isolamento dos pacientes com teste positivo e a triagem dos demais internados.
O HCB informou ainda que seguiu todos os protocolos determinados pela Vigilância Sanitária e notificou imediatamente os órgãos competentes e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. Referência no atendimento de doenças graves, crônicas e complexas, o hospital recebe frequentemente pacientes encaminhados de outras unidades. A direção reforçou que o monitoramento e o controle da bactéria seguem sob vigilância contínua para evitar novos casos.
Com informações do Metrópoles