Belo Horizonte tem o primeiro caso suspeito em Minas da febre chikungunya ? doença similar à dengue, porém com menor mortalidade e sintomas mais duradouros e intensos. Uma mulher de 59 anos, moradora da região Leste da cidade, aguarda os resultados dos exames colhidos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na úquinta-feira, para confirmar ou descartar a suspeita. A aposentada acredita que contraiu a doença em uma viagem à Colômbia, país com alto número de casos.

?Eu já comecei a passar mal no voo de volta. Quando cheguei em casa, deitei-me para descansar e quase não consegui me levantar mais. Passei cinco dias na cama, sem comer e mal levantando para ir ao banheiro?. Segundo ela, os primeiros sintomas começaram no dia 24 do mês passado, mas ela ainda sente, principalmente, dores nas articulações da perna e dos pés, além de erupções e manchas na parte inferior do copo, febres esporádicas e fadiga.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da capital confirmou a suspeita, mas informou que os especialistas não descartam outras doenças, como a malária ou a dengue, já que, segundo o órgão, a mulher apresenta um quadro clínico diverso. O sangue da paciente foi encaminhado para a Fundação Ezequiel Dias (Funed) e somente nesta segunda será possível prever quando os resultados ficarão prontos.
Na sexta, agentes da Secretaria Municipal de Saúde pulverizaram ruas do bairro Santa Efigênia, na região Leste, com inseticidas voltados para eliminar fêmeas adultas do Aedes aegypti. Os servidores informação a alguns moradores que a ação acontecia por causa de uma suspeita de chikungunya no bairro.
Para quem mora nas proximidades, a recomendação da professora é evitar ser picado pelo mosquito ?com repelentes e diminuindo a exposição de pele ao mínimo necessário?. Desde que os primeiros sintomas surgiram, a paciente com suspeita de chikungunya passou por dois médicos particulares, que a diagnosticaram com sinusite e alergia de pele. Na última quarta-feita, ele foi ao centro de saúde da região onde um enfermeiro suspeitou dos sintomas, e chamou um médico especialista. No mesmo dia, foi feita a primeira coleta de sangue. A Secretaria de Saúde informou que a mulher está sendo monitorada por uma equipe.
Recomenda-se que qualquer caso suspeito seja notificado em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde.

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