A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) investiga a morte de três cães após terem consumido um pestiscos em Belo Horizonte. O laudo de necrópsia feito pelo Hospital Veterinário da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) apontou que os cães foram contaminados pela ingestão da substância etilenoglicol, usada na fabricação do alimento.

Além destes, outros três cães ficaram em estado grave e precisaram de tratamento veterinário. A substância ingerida pelos animais é a mesma encontrada na cerveja Belorizontina, da Backer, em janeiro de 2020, que levou à contaminação de vários clientes da cervejaria.

Segundo a delegada da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, Danúbia Quadros, os donos dos cães e os responsáveis pela venda e pela fabricação dos petiscos foram ouvidos e a investigação aguarda o resultado pericial do produto e dos animais. “É importante aguardar o laudo pericial para verificar se foi o consumo do produto que provocou a morte dos bichinhos”, disse.

A contaminação teria ocorrido no final do último mês.  Segundo a advogada da tutora de dois cães que morreram e de outros três que ficaram em estado grave, Silvia Valamiel, os cães apresentaram sintomas de diarreia, vômito e convulsão.

O mal-estar começou depois que eles tomaram algumas vacinas e comeram os petiscos. “A tutora suspeitou da vacina, mas um dos cães teria tomado uma vacina do mesmo lote quinze dias antes. O veterinário disse que a vacina não tinha esses efeitos”, contou a advogada.

Alguns dos animais chegaram a ter quadro de insuficiência renal grave. Antes do consumo dos petiscos, os cães estavam bem e sadios, conforme a advogada. “A única coisa que eles tinham feito de diferente era o consumo do petisco. No vômito, tinham restos”, disse.

Os cães iniciaram o tratamento, mas dois deles não resistiram e morreram nos dias dez e onze de agosto. Após a morte dos animais, os corpos foram levados para o Hospital de Veterinária da UFMG, onde foi realizado o exame de necropsia. O laudo, ainda inicial, apontou intoxicação por etilenoglicol. “A investigação está na suspeita do propilenoglicol ter sido utilizado em dose exagerada ou etilenoglicol (que é proibido em alimentos para cães) ter sido utilizado, já que é vendido com menor preço”, conta a advogada.

Fonte: O Tempo

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