Um caminhoneiro de 37 anos foi preso na última quinta-feira (2) depois de ligar para a polícia para denunciar que teria sido vítima de um roubo de carga na BR-259, em Conselheiro Pena, na região do Rio Doce, e a Polícia Militar (PM) acabar descobrindo que, na verdade, o suspeito teria vendido a carga para outras pessoas. O suspeito, que é natural do estado de Rondônia, ainda tinha um mandado de prisão em aberto e agora responderá por receptação e comunicação falsa de crime.

Conforme a corporação, uma viatura foi acionada no início da manhã até o distrito de Penha do Norte, que fica a cerca de 20 minutos do município, para atender à ocorrência de roubo de uma carga de telhas de PVC avaliada em quase R$ 142 mil.

No local, eles foram informados pela suposta vítima que, na noite anterior, teria parado em um posto para dormir, próximo ao distrito de Calixto, em Resplendor, cidade da mesma região. Durante a noite, o caminhoneiro disse então ter sido rendido por duas pessoas, uma delas armada com uma pistola, e tido o rosto tapado com um pano, enquanto eles passaram a dirigir o veículo de carga enquanto faziam diversas ameaças.

Ele disse ainda que, em dado momento, o caminhão parou e ele escutou a carga sendo transportada para outro veículo e, algumas horas depois, ele teria sido abandonado próximo ao distrito de Conselheiro Pena. Lá, ele bateu em uma casa e pediu que a polícia fosse acionada, uma vez que os criminosos teriam destruído o seu celular.

Câmeras de segurança entregaram suspeito

De posse das informações repassadas pelo caminhoneiro, os policiais, ainda de acordo com a PM, iniciaram as buscas por imagens de câmeras de segurança para tentar identificar os criminosos que teriam abordado o homem, que, até então, era uma vítima.

Porém, ainda no distrito de Penha do Norte, os militares conseguiram constatar que o caminhoneiro entrou sozinho no distrito e conduzindo o caminhão, o que contrariou sua versão de que teria sido abandonado com o rosto vendado e com os dois assaltantes.

Ao ser pressionado pelos policiais, o homem então acabou assumindo que, na verdade, inventou o crime para acobertar o golpe aplicado por ele. Segundo o suspeito, próximo à Colatina ele teria repassado a carga da empresa que o contratou para outro caminhão e, por isso, receberia 15% do valor da nota fiscal, cerca de R$ 20 mil.

Ele ainda indicou que quem recebeu o material seria um homem identificado apenas como “Zé Doca”, que seria bastante conhecido na região. Ele disse ainda que, na verdade, dormiu em outro posto, também em Resplendor, e, no dia seguinte, seguiu para o distrito de Conselheiro Pena.

O caminhão que era conduzido pelo suspeito ainda possuía queixa de furto e o suspeito alegou que teria comprado o veículo no Espírito Santo. O caminhão e o celular do suspeito, que teria sido usado para combinar o crime, foram apreendidos e levados junto do homem para a delegacia da cidade.

Fonte: O Tempo

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