Pelo segundo dia consecutivo, caminhoneiros protestam, nesta terça-feira (22), nas  principais estradas do país contra os aumentos sucessivos  nos preços do combustível.  Nos últimos 17 dias, foram 11 reajustes. O governo e Petrobras marcaram para esta terça uma reunião para estancar a crise que vem  interditando há dois dias as principais rodovias do país.
De acordo com a última atualização da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Minas, há trechos bloqueados pelos caminhoneiros nas BRs-040, 116, 251, 262 e 381 (veja quadro abaixo).

Na manhã desta terça-feira, além de Minas Gerais, foram registrados atos em pelo menos seis estados: Bahia, Goiás, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Nessa segunda-feira (21), foram registrados atos em ao menos 20 estados e no DF –  Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Reivindicação

Os caminhoneiros querem a redução da carga tributária sobre o diesel. Eles também reivindicam a zeragem da alíquota de PIS/Pasep e Cofins e a isenção da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).

Os impostos representam quase a metade do valor do diesel na refinaria. Segundo a categoria, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel representa 42% do custo da atividade.

Desde que começou a adotar a política de reajustes diários dos preços dos derivados de petróleo, em 3 de julho do ano passado, a Petrobras já elevou o preço do óleo diesel em suas refinarias 121 vezes, o que representou uma alta de 56,5%, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

Em pouco mais de dez meses, o litro do produto passou de R$ 1,5006 para R$ 2,3488 nas refinarias. Apenas neste ano, o preço do diesel subiu 38 vezes, em linha com a sua valorização no mercado internacional.

Registro da Polícia Rodoviária Federal, nesta terça-feira, sobre protestos nas estradas de Minas (foto: PRF/Twitter/reprodução)

 

Fonte: Estado de Minas ||

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