Nos assustam e preocupam as notícias recentes de aumento do lixo nos mares e de desastres ambientais em diversas regiões urbanas, causadas pelo uso predatório e irracional dos recursos naturais pelo ser humano.

Agora a escolha da cidade Nijmegen, como Capital Verde da Europa, nos apresenta diversas ações exitosas de melhoria do meio ambiente, sinaliza um caminho a ser seguido pela civilização para coexistência com o meio ambiente.

A cidade Nijmegen, na Holanda, com 173 mil habitantes, foi eleita a Capital Verde da Europa, com destaque pelo trabalho de mobilidade urbana, gestão de resíduos e envolvimento de todos os cidadãos.

Na cidade, o número de bicicletas é maior do que o número de habitantes. Os cidadãos com suas bicicletas podem utilizar as malhas cicloviárias expressas, que possibilitam fazer o trajeto de forma mais rápida do que de automóvel e ônibus. As malhas cicloviárias têm atualmente 60 km, são largas, com poucas interrupções.

Todo o transporte coletivo da cidade utiliza carvão verde, substituto do gás natural e 80% menos poluente do que o combustível fóssil. O gás verde é produzido a partir da reciclagem do lixo gerado pelos habitantes da própria cidade.

As autoridades da cidade citaram a facilidade de discutir com os habitantes sobre economia circular, coleta de lixo, mobilidade urbana e uso racional da água.

Na cidade foi desenvolvido o projeto Espaço para o Rio Waal, que redesenhou a parte norte da cidade, ao abrir caminho para o rio atravessar a cidade no seu curso natural, em direção ao trecho alemão do rio Reno. O objetivo era tornar certas áreas da cidade seguras contra inundações.

Este exemplo mostra que poucas ações nas cidades podem melhorar a vida do ser humano.

As cidades, fundadas e desenvolvidas à beira de muitos rios, poluíram estes rios e, em alguns locais, os rios foram fechados para a construção de vias para a circulação de carros. Assim, estes rios poluídos não têm possibilidade da existência de qualquer ser vivo. Para estes rios poderiam ser desenvolvidas ações para a revitalização, despoluição, plantio de árvores, criação de áreas verdes, tratamento de esgoto, enfim tornar os rios despoluídos e criadouros de peixes.

A reciclagem do lixo é outro tema de importância e deve ser uma política permanente e a exigir a adoção de ações inseridas em políticas públicas, com a participação de todos os entes públicos e de toda a população.

Precisamos discutir e alterar o nosso modelo consumista, onde se gera lixo, todo produto tem caixa, tem vasilhame de plástico ou de vidro ou de papelão, onde os produtos têm pouca durabilidade e são muito descartáveis, onde é idolatrado o novo e descartado o velho, onde nem todos os produtos da cadeia produtiva são reutilizados e assim entulham o meio ambiente de lixo.

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