Moradores da cidade de Formiga acompanharam estarrecidos o caso do adolescente cadeirante e da mãe dele que foram esquecidos por motoristas da Prefeitura de Formiga em frente a um hospital de Belo Horizonte na última terça-feira (29), onde ficaram por horas sem abrigo e sem alimentação e que só conseguiram dormir em um dos quartos da unidade de saúde, após pedido insistente da mãe. Mas o fato é que este não é o primeiro caso de ?esquecimento?, muito menos de negligência da Secretaria de Saúde de Formiga, nessa gestão.
O jornal Nova Imprensa / portal Últimas Notícias fez um levantamento de casos que foram noticiados ou denunciados na Câmara de Vereadores nos últimos meses.
Em 18 de setembro, o Nova Imprensa noticiou o caso de uma mulher, que perdeu o filho após ser levada à Belo Horizonte em um carro da administração. Mesmo cientificando o motorista que se tratava de uma gravidez de alto risco, o mesmo conduziu o veículo em alta velocidade, dando muitos ?trancos? durante o trajeto e parando apenas em Betim para que a gestante usasse o banheiro, após vários pedidos. Na capital, a mulher, que já estava no sétimo mês de gestação, foi deixada há 200 metros da porta do hospital já passando mal, porque o motorista disse estar com pressa. A gestante já chegou na unidade de saúde perdendo muito sangue, quando, ao fazer os exames foi constata a morte do feto.

Também em setembro, o vereador Mauro César denunciou o caso de um paciente de nome Rogério que, por falta da realização de uma cirurgia de emergência corria o risco de perder a perna esquerda. Mesmo com o alerta, o procedimento não foi feito e o homem preciso sofrer a amputação.

No dia 18 de fevereiro desse ano, após gastar R$2 mil para arcar com exames, o aposentado João Luís de Faria Filho, de 74 anos perdeu a tão aguardada cirurgia devido a quebra de mais um veículo da Prefeitura. O paciente que possui apenas um rim, corria o risco de perdê-lo, precisando de um transplantem caso não fizesse tal cirurgia com urgência. Esse não é o único caso de quebra de veículos da Prefeitura, parte deles por falta de revisão.

Após a divulgação do caso do adolescente, veio à tona outro caso, dessa vez de uma gestante de trigêmeos que, na semana passada, também foi esquecida em Belo Horizonte. O caso só não tomou notoriedade por se tratar de uma funcionária pública, mostrando que, nem mesmo com os servidores, ao que parece, tem havido o mínimo de respeito e zelo quando se trata de questões relacionadas à saúde.
Questionados sobre o caso da funcionária pública, a secretaria de Comunicação enviou a seguinte nota ao jornal: O Setor de Transporte não recebeu nenhuma reclamação a respeito de grávida que tenha sido deixada em Belo Horizonte ou em qualquer outra cidade. Caso isso realmente tenha acontecido, o órgão solicita à paciente que procure o setor para que as providências cabíveis sejam tomadas.
Ainda nos comentários do Portal, uma nova denúncia. Rita Faria disse que também foi esquecida. ?e não é a primeira vez q isso acontece… isso aconteceu COMIGO e vai continuar acontecendo. Revolta é uma palavra que não descreve o que eu senti e sinto ao ver que ainda conseguem cometer falhas tão exorbitantes.
Não sei como alguns ainda dizem que Formiga tem uma Administração… Ainda não consegui enxergar isso aqui não!?, comentou sem dar detalhes do caso.
Na nota oficial divulgada após o caso de Denilson, a Prefeitura disse que ?vai redobrar o seu cuidado para que casos como este não voltem a acontecer?. Como não se trata do primeiro, como fica comprovado com tantos exemplos, a esperança é que casos absurdos como esses não se repitam mesmo e que os responsáveis por tanta negligência sejam punidos com o rigor devido.

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