A uma semana da data do aniversário do Atlético, que completará 100 anos de fundação na terça-feira (25 de março), uma manifestação organizada pela Galoucura, simbolizou que nem tudo é festa no ano mais significativo da história do clube.
Na pauta de reivindicações, estão a realização de auditoria externa nas contas do clube, mudança no estatuto para que o torcedor/contribuinte volte a ter direito a voto e a contratação de reforços para que seja formado um time competitivo no ano do centenário.
Munidos de faixas e entoando gritos de protestos, os torcedores – em torno de 700 atleticanos, segundo estimativa da Polícia Militar, que escoltou os manifestantes – se reuniram na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, um dos pontos mais movimentados da cidade.
Em seguida, eles saíram em passeata até a sede do Atlético, no Bairro de Lourdes, um dos mais nobres da capital mineira e que fica próximo ao Centro da cidade.
Nas faixas, os torcedores estamparam as reivindicações: Auditoria externa urgente, 100travante no Centenário, Não queremos festa, queremos time, A0 festa que queremos é título, entre outras frases. Nos gritos entoados, o alvo principal foi o presidente Ziza Valadares: Ziza, vaza do meu Galo, Ôôô queremos jogador, Aaa auditoria já.
A nossa reivindicação principal é para uma auditoria externa, a gente não quer festa, a gente quer transparência. Queremos saber para onde o dinheiro do torcedor está indo, o dinheiro das transações do Éder Luís (emprestado ao São Paulo) e do Afonso (o atacante está atualmente no Middlesbrough, da Inglaterra), dinheiro liberado para a base, que tudo seja esclarecido, disse William Palumbo, membro do conselho administrativo da Galoucura.
Outro torcedor, Vladimir Ribeiro Gomes, disse que a atual diretoria não consegue formar um time competitivo. O Atlético sempre teve dívidas, mas antes tinha time. Agora, desde que o Ziza (Valadares) entrou, não tem mais nada, afirmou.
De acordo com o assessor de imprensa do Atlético, Cássio Arreguy, a diretoria atleticana reconhece o direito da torcida em protestar, mas prefere não se pronunciar sobre a manifestação, que ocorreu na última terça-feira. A diretoria não vai se pronunciar sobre as manifestações e os protestos da torcida, mas reconhece o direito deles de reivindicar e protestar, disse.

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