O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que está em fase de preparação para entrar em funcionamento, terá a capacidade de abrigar até 90 animais. Porém, segundo informações da Secretaria de Comunicação, somente serão recolhidos da rua animais nocivos à saúde e à segurança da população formiguense ou os que apresentarem quadro irreversível de saúde.
Quanto à operacionalização do canil, a coordenadora da Vigilância Sanitária, Fernanda Pinheiro Lima disse: ?a pretensão é realizar capturas seletivas, ou seja, animais nocivos à saúde e à segurança de seres humanos, bem como de animais que estejam em fase de doença terminal ou que apresentem quadro irreversível de saúde, circunstâncias que deverão ser certificadas em laudo técnico subscrito pelo médico veterinário responsável pelo CCZ. Esses animais poderão ser eutanasiados. Já animais saudáveis não poderão ser recolhidos da rua. O CCZ não poderá pegar cão domiciliado para disposição no canil, mesmo a pedido do proprietário. Pois, este [proprietário] é o responsável pela vida do animal e não pode tratá-lo como um objeto de descarte. Daí que entra também o trabalho de educação ambiental para a posse responsável?, explicou Fernanda.
A redação do portal Últimas Notícias tentou entrar em contato com a coordenadora da Vigilância Sanitária para apurar as informações repassadas pela Secretaria de Comunicação. No entanto, a informação obtida foi de que Fernanda Pinheiro está participando de um curso de capacitação em Divinópolis e retornará ao trabalho somente na quinta-feira (31).
O Centro de Controle de Zoonoses contém seis salas para canil, área administrativa com dois banheiros, duas salas, copa e recepção. Além disso, há uma sala para vacinas, sala de endemias, isolamento, sala de atendimento veterinário, três depósitos e uma área para apreender animais de grande porte, como cavalos. O canil foi construído em uma área de 285,30 metros quadrados, com recursos próprios da Prefeitura.
Parcerias com instituição de ensino ou com clínicas veterinárias para a realização de castrações gratuitas para população de baixa renda poderão ser realizadas, sendo que as clínicas entrariam com a mão de obra e o município com o custo do procedimento cirúrgico nos animais, como informou a Secretaria de Comunicação.
A matéria de capa da última edição do jornal Nova Imprensa, publicada na sexta-feira (25), e reproduzida por este portal, relata que a Prefeitura e o Ministério Público irão assinar uma minuta de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que dispõe sobre a política de controle de zoonoses no município. A proposta ainda será avaliada pelo prefeito Aluísio Veloso/PT e, em seguida, encaminhada ao Ministério Público, conforme explicou na matéria a Procuradora Municipal, Sandra Micheline. Segundo ela, o prazo concedido pelo MP termina nesta semana.
De acordo com informações da Secretaria de Comunicação, a secretária de Saúde, Luiza Flora, disse que estão sendo elaborados o regulamento interno do CCZ, a Lei Normativa, a avaliação epidemiológica, um projeto para arrecadar verbas para a compra de equipamentos e um estudo para o custeio do seu funcionamento. Tudo isso deverá ser encaminhado e aprovado pela Câmara Municipal.

Conscientização
Para minimizar a quantidade de cães soltos nas ruas de Formiga, a Vigilância Sanitária deverá implantar um programa permanente de educação ambiental, seguindo as seguintes diretrizes:
1) Difusão do conceito de posse responsável, buscando a sensibilização da população para o respeito a todas as formas de vida, reduzindo os casos de abandono e maus-tratos;
2) Divulgação e orientação dos serviços do CCZ, bem como seus benefícios sociais e de saúde pública;
3) Divulgação da importância da vacinação e da vermifugação de cães e gatos;
4) Divulgação do conteúdo da legislação protetiva dos animais;
5) Divulgação da ilegalidade e da inadequação da manutenção de animais silvestres como animais de estimação;
6) Divulgação dos benefícios da castração e dos problemas gerados pelo excesso populacional de animais domésticos.

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