As entidades que representam a classe dos médicos pediram nesta segunda-feira (20) a intervenção da presidente Dilma Rousseff na questão da ?importação? de médicos e da melhoria do atendimento em áreas isoladas.
Em uma carta aberta à presidente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e os Conselhos Regionais de Medicina (CRMs) pediram a mediação de Dilma no debate que pôs frente a frente às entidades médicas e o governo.
No documento, os médicos afirmaram que ?a sociedade tem sido constantemente surpreendida com notícias emitidas por diferentes ministros de Estado dando conta de acordos e propostas com o intuito de facilitar a entrada no Brasil de portadores de diplomas de medicina emitidos em escolas no exterior?.
Pensando na ampliação do atendimento básico, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, sugeriu trazer médicos de outros países para reforçar as equipe do SUS. Com ajuda do Ministério das Relações Exteriores, Padilha tenta acordos com Cuba, Portugal e Espanha para contratar os profissionais.
A medida vem sendo duramente criticada pelo CFM, que exige que médicos formados no exterior passem por uma avaliação antes de validar o diploma no Brasil, o Revalida. Em 2012, apenas 77 dos 884 médicos que prestaram a prova foram aprovados.
O CFM já entrou, inclusive, com uma representação na Procuradoria Geral da República contra os ministros da Saúde, Alexandre Padilha, da Educação, Aloizio Mercadante, e das Relações Exteriores, Antônio Patriota, por terem anunciado que vão trazer médicos do exterior para trabalhar no Brasil.
O Ministério da Saúde está estudando uma forma de conceder uma autorização especial para o exercício da medicina apenas na chamada atenção básica, com o atendimento primário em casos mais simples, mas sem dar licença para cirurgias ou procedimentos mais complexos.

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