A população formiguense já não aguenta mais ser enrolada nesta história do não atendimento às questões relacionadas com a iluminação pública.

Há alguns anos estamos sendo taxados pela municipalidade que nos cobra mensalmente um percentual sobre o consumo de energia, cujos recursos deveriam conforme manda a lei, se destinar ao custeio e manutenção da iluminação pública. Aqui, a bem da verdade, só se arrecada, pois a contraprestação de serviços tem sido algo facilmente enquadrado como “mera ficção”.

Não é possível que a má gestão pública, que não cobra nem administra àqueles que a própria municipalidade contrata, continue indefinidamente a penalizar a população nesta artimanha que rende milhares de reais aos cofres públicos, nesta operação do tipo “lesa contribuinte”.

O tal telefone “0800” que a propaganda enganosa paga com o recurso público, apontado como caixa de recepção das reclamações, é também mais um engodo da administração pública para justificar a extorsão que mensalmente impinge aos consumidores de energia elétrica neste município. Quem duvidar que ligue para ele e aguarde a resposta…

Na quinta-feira (7), por volta das 15h, o editor deste jornal falou, via telefone, diretamente com um dos responsáveis pela empresa KPL de Divinópolis (contratada para a prestação do serviço). Ouviu do Sr. Diego, que gentilmente atendeu ao editor que, semanalmente, a empresa atende a esta cidade, trocando as lâmpadas, seguindo à risca a relação que lhe é fornecida pela própria municipalidade.  Disse ainda que, quando não há atendimento em distritos rurais (Ponte Vila e outros), a empresa consegue atender cerca de 40 pontos de luz nestes dois dias. Falou também, sobre a inadimplência do município e teceu comentários sobre a adesão de Formiga a um contrato liderado por Divinópolis e que atende ainda, Oliveira, Carmo da Mata, Itapecerica dentre outros municípios.

Ora, senhores vereadores e representantes de outros órgãos fiscalizadores, se a própria empresa diz que atende semanalmente apenas os locais relacionados pela Prefeitura, por que razão a propaganda, para nós ENGANOSA, insiste em direcionar os reclamantes para o tal 0800?

Claro está que só são atendidos os locais pré-selecionados pelos nossos ilustres administradores. Prática de clientelismo? Parece-nos senhores, que está aqui aberta a válvula para o direcionamento dos atendimentos, ou seja, a velha fórmula do “fura-fila”, do apadrinhamento, da compra de votos futuros. Mais uma vez, o que nos parece é que neste município, os fins, justificam os meios!  Ao menos na visão míope de grande parte de nossos administradores (?).

Novamente, tornamos pública esta denúncia e exigimos que os vereadores, legítimos representantes do povo, tomem de imediato uma posição a respeito. Afinal de contas, foi lá na Câmara que o ex-secretário de Fazenda, Gonçalo Faria, falando em nome do município, é claro, e contando com o apoio de representantes da maior interessada à época, a CEMIG, conseguiu transferir com a aprovação de um projeto de lei, este abacaxi (manutenção e extensão da rede), para o município. E foram eles mesmos, Gonçalo e os outros “artistas coniventes” que garantiram à população e aos ilustres vereadores que aprovaram o projeto no apagar das luzes de 2014 e frisamos, de afogadilho e sem conhecimento de causa, que a prestação de serviços melhoraria, inclusive, vigorando a custos até inferiores aos então praticados (mais um papo furado, como sempre ocorre).

A verdade, senhores, é que nada do prometido se concretizou. Decorridos muitos meses e anos, a prestação de serviços piorou sensivelmente. Isto apesar de alguns milhões haverem sido arrecadados aos cofres públicos desde então.

O povo continua pagando caro, inclusive o que se gasta com o consumo de energia nos prédios públicos. Tudo através do recolhimento da contribuição que, sabida e legalmente não se destina a isso.

Esperamos que agora em ano de eleição, a Câmara, o MP, o Procom, as entidades de classe ou sabe-se lá mais quem, acordem para este problema que por aqui já é crônico e tomem, individual ou coletivamente, uma providência urgente a respeito. Isto é o mínimo que se espera!

Quem sabe o Judiciário, se instado por quem de direito, possa de repente, vir em socorro da população que vem sendo lesada há tanto tempo!

Acorda minha gente! Porque neste comprovado caso de achaque ao contribuinte, não há sequer a chance de promovermos algum ato (democrático e cabível), como exemplo, o da desobediência civil, nos negando a pagar por um serviço que não recebemos, o que é mais que legítimo.  O problema é que a tal contribuição que nos é surrupiada todo mês, exatamente quando quitamos nossa conta referente ao consumo de energia, é repassada diretamente ao caixa do município e dali pra frente… Bem; dali pra frente todo mundo já sabe o que acontece…

 

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