O cirurgião plástico Hudson de Almeida, acusado de abusar sexualmente de pelo menos 11 pacientes em Alfenas, no Sul de Minas, foi condenado por ato libidinoso contra uma mulher durante uma consulta. O médico foi preso em agosto após ficar três meses foragido.

A paciente havia contratado o médico em meados de 2022 para uma cirurgia plástica íntima. As consultas pós e pré-operatórias sempre foram acompanhadas por uma secretária. Mas, em agosto de 2022, o cirurgião plástico ligou para a paciente, pedindo para que ela fosse ao consultório nove dias antes da consulta marcada.

Ao chegar no local, ela percebeu que a secretária não estava lá. Em determinado momento da consulta, o médico pediu para ela se despir, pois ele gostaria de ver o corpo inteiro da paciente. Logo depois, passou a abusar sexualmente dela, chegando a cometer conjunção carnal. A prática seria a mesma usada pelo médico para abusar de outras pacientes.

Em depoimento, Hudson de Almeida negou as acusações e disse que o material genético encontrado nela foi porque teria analisado a região íntima dela sem as luvas. O cirurgião plástico ainda afirmou que está sendo vítima de um complô e que a mulher estaria tentando conseguir dinheiro dele.

A sentença, assinada na segunda-feira (18), pelo juiz Elias Aparecido de Oliveira, define uma pena de três anos e seis meses no regime semiaberto para o cirurgião plástico, que foi condenado pelo artigo 215 do Código Penal (ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima).

O advogado da vítima afirma que está avaliando se entrará com um recurso para aumentar a pena. Segundo ele, sua cliente “não vê a hora deste pesadelo acabar”.

 

Relembre o caso

O cirurgião plástico foi indiciado pelo crime de violação sexual mediante fraude, cometido contra uma paciente de 33 anos em Alfenas, no Sul de Minas. Outras sete vítimas procuraram a polícia.

As investigações começaram em agosto de 2022, quando a vítima procurou a delegacia para relatar o abuso ocorrido durante uma consulta médica. Na ocasião, a mulher foi encaminhada para um hospital, onde passou pelo protocolo de atendimento voltado a vítimas de violência sexual. A partir do material coletado, foram encontrados vestígios do DNA do médico no corpo da vítima, reforçando as suspeitas contra o investigado.

De acordo com a Polícia Civil, o médico, que também era professor universitário, já havia sido indiciado em 2021 por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.

 

Fonte: Itatiaia

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