A partir deste mês, a umidade relativa do ar em Minas Gerais fica muito baixa, proporcionando a ocorrência de queimadas, que podem causar interrupções no fornecimento de energia elétrica. De acordo com informações da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em 2016 ocorreram 471 desligamentos em virtude de incêndios, que afetaram mais de 267 mil consumidores no estado. Somente nos primeiros cinco meses deste ano, foram 79 interrupções que prejudicaram o fornecimento de energia para aproximadamente 23 mil clientes da companhia.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE),  até o início de julho, aconteceram 880 focos de incêndios em Minas. Mas é a partir do segundo semestre que essa prática aumenta e prejudica a população, além de causar sérios prejuízos à fauna e flora.

Ao atingir redes de distribuição, os incêndios podem provocar a queima de postes e cruzetas de madeira e, consequentemente, o rompimento dessas estruturas e de cabos condutores. O gerente do Centro de Operação da Distribuição, Carlos José Thiersch, destaca que, nesses casos, é necessário substituir os materiais, atividade que exige um tempo maior para religar os circuitos atingidos.

“Há também o risco de curtos-circuitos em linhas de transmissão e de distribuição de energia elétrica, causados pelo aquecimento das proximidades dos cabos condutores”, ressalta o gerente da Cemig.

Outro problema que pode contribuir para aumentar a incidência de queimadas são os balões, que podem causar incêndios de grandes proporções, quando atinge o chão ou toca a rede elétrica. A proximidade do balão das linhas de transmissão ou de distribuição de energia também provoca o aquecimento dos cabos, provocando curtos-circuitos, rompimentos e desligamentos de grandes trechos.

Além dos riscos para o setor elétrico, as queimadas prejudicam a visibilidade nas estradas, reduzem a produtividade da terra nas áreas de cultivo, provocam aumento da poluição e afetam a qualidade do ar. Os incêndios causam também inúmeros problemas ambientais e colocam em risco a vida de diversas espécies da fauna brasileira.

Dicas para evitar queimadas

As principais causas de incêndios florestais em Minas são a queima preparatória de pastos e de terrenos para plantio, especialmente em períodos de altas temperaturas e baixa umidade do ar, além da queima de lixos e de tocos de cigarros jogados em beiras de estradas, atingindo a vegetação seca, e descargas atmosféricas. Para ajudar a diminuir os focos, a Cemig recomenda:

  • Fazer queimadas somente com autorização do IEF (0800 283 2323), Ibama ou órgãos competentes e de forma controlada, com a construção de aceiros e barreiras que impeçam a propagação das chamas. O aceiro pode ser feito por meio de valas ou da limpeza do terreno, de modo a obstruir a passagem do fogo.
  • Não jogar pontas de cigarro próximo a qualquer tipo de vegetação.
  • Apagar com água o resto do fogo em acampamentos para evitar que o vento leve as brasas para a mata;
  • Não realizar queimadas a menos de 15 metros de rodovias, de ferrovias e do limite das faixas de segurança das linhas de transmissão e distribuição de energia elétrica.

A Cemig ressalta que é proibido o uso de fogo em áreas de reservas ecológicas, preservação permanente e parques florestais. De acordo com a legislação, o indivíduo que cometer o crime ambiental terá que responder a processo, com possibilidade de prisão, e deverá pagar multa pelo dano ambiental causado.

Em caso de incêndios, o Corpo de Bombeiros (193) ou as Brigadas Voluntárias de Combate a Incêndios Florestais devem ser avisados o mais depressa possível.

 

Fonte: Cemig||

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