Após sucessivos alertas, Minas entrou oficialmente na lista de localidades com surto de sarampo. A informação foi dada nesta sexta-feira (13) pelo Ministério da Saúde.


Ao todo, 16 estados estão nessa condição. Apesar do anúncio, nenhuma medida emergencial será tomada. O reforço virá apenas nas equipes disponibilizadas para as campanhas de vacinação, em outubro e novembro.


A situação no território mineiro já é pior do que a constatada pela pasta federal. O boletim que serviu de base para o comunicado está desatualizado. Nesta semana, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que as confirmações da doença saltaram de 13 para 18. Já os casos suspeitos mais que dobraram em uma semana, passando de 138 para 288.
O mesmo crescimento nos registros é observado na capital. Comunicado divulgado também nesta sexta-feira pela Prefeitura de BH mostra que o número de pacientes com suspeita da enfermidade aumentou de 63 para 143.

Conforme o Ministério da Saúde, Minas será um dos estados com prioridade nas ações feitas durante a Campanha Nacional de Vacinação.
Elas serão feitas em duas etapas. De 7 a 25 de outubro, o público-alvo é formado por crianças de seis meses a 5 anos. Já a segunda fase, de 18 a 30 de novembro, terá como foco a população de 20 a 29 anos.

Para a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunização (SBIm), Isabella Ballalai, é pouco. “O sarampo tem alta transmissibilidade e, se com as várias medidas adotadas, mesmo assim, alguns estados entraram em surto, é sinal de que outras políticas devem ser feitas. É hora de combate incisivo”, diz.

O infectologista Carlos Starling vai na mesma linha. Para ele, o aumento dos casos não era algo inesperado, dadas as condições da doença. “É como um efeito cascata. O bloqueio vacinal tem que ser intenso”, acrescenta o médico.
A SES informou que tem tomado medidas para intensificar a imunização da população, como a abertura de uma sala de vacinação no Aeroporto de Confins, a emissão de alertas aos profissionais de saúde e mudanças no atendimento a casos suspeitos.

Atualmente, são 3,3 mil confirmações da enfermidade no país. A situação é mais delicada em São Paulo, que já teve 3,2 mil doentes.

 

Fonte: Hoje em Dia||
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