O congressista brasileiro é o segundo mais caro em um universo de 110 países. É o que mostram dados de um estudo realizado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em parceria com a União Interparlamentar (UIP). Cada um dos 594 parlamentares do Brasil – 513 deputados e 81 senadores – custa para os cofres públicos US$ 7,4 milhões por ano.
Para permitir comparações, o estudo usa dados em dólares, ajustados pela paridade do poder de compra – um sistema adotado pelo Banco Mundial para corrigir discrepâncias no custo de vida em diferentes países.
O custo brasileiro supera o de 108 países e só é menor que o dos congressistas dos Estados Unidos, cujo valor é de US$ 9,6 milhões anuais.
Com os dados extraídos do estudo da ONU e da UIP, o jornal Folha de S. Paulo dividiu o orçamento anual dos congressos pelo número de representantes – no caso de países bicamerais, como o Brasil e os EUA, os dados das duas Casas foram somados. O resultado não corresponde, portanto, apenas aos salários e benefícios recebidos pelos parlamentares. Mas as verbas a que cada congressista tem direito equivalem a boa parte do total. No Brasil, por exemplo, salários e auxílios para o exercício do mandato de um deputado representam 22% do orçamento da Câmara.
Entre outros benefícios, deputados brasileiros recebem uma verba de R$ 78 mil para contratar até 25 assessores. Na França – que aparece em 17º lugar no ranking dos congressistas mais caros -, os deputados têm R$ 25 mil para pagar salários de no máximo cinco auxiliares.
No total, as despesas do Congresso para 2013 representam 0,46% de todos os gastos previstos pela União. O percentual é próximo à média mundial, de 0,49%.
Em outra comparação, que leva em conta a divisão do orçamento do Congresso por habitante, o Brasil é o 21º no ranking, com um custo de cerca de US$ 22 por brasileiro. O líder nesse quesito é Andorra, cujo Parlamento custa US$ 219 por habitante.

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