O Conselho de Ética do PMDB de Minas vai se reunir hoje para iniciar a análise do processo contra o deputado federal Newton Cardoso. A representação, assinada pelo também deputado federal Leonardo Quintão, pede a expulsão de Newton da sigla.
O conselho é composto por sete membros titulares. Quatro deles são ligados ao grupo do atual presidente da legenda, deputado federal Antônio Andrade, e os outros três, aliados a Newton, mas nenhum possui mandato eletivo.
Nos bastidores, o grupo já sinalizou que vai agir com rigor no julgamento das denúncias, consideradas graves pelo conselho. Newton Cardoso é acusado de ter tumultuado o processo eleitoral ao aliar sua imagem, que já estaria desgastada na região metropolitana de Belo Horizonte, à do então candidato à prefeitura da capital, Leonardo Quintão, nas eleições de 2008.
Dois anos depois, um vídeo no qual Newton aparece dando apoio ao candidato peemedebista Hélio Costa ao governo de Minas foi utilizado pela equipe de campanha do PSDB para denegrir a imagem de Costa.
São denúncias muito graves, de ações que ferem o código de ética do partido, afirmou um peemedebista, que pediu para não ter a identidade revelada.
Na mesma representação, Quintão acusa Newton de prejudicar a sigla economicamente, devido a problemas na prestação de contas de sua campanha à Câmara.
Em junho deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) rejeitou as contas de 2007 do partido por unanimidade, alegando a existência de doações sem identificação das fontes.
Podemos perder até R$ 500 mil do fundo partidário por causa das contas do Newton. Isso é muito grave e precisa ser apurado com rigor, declarou outro membro do partido, que também pediu para não ser identificado.

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