As operadoras de internet cumpriram 65,6% das metas de qualidade estipuladas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no primeiro trimestre deste ano. O serviço avançou em relação ao mesmo período do ano passado, quando só 62,9% da meta foi alcançada.

Entretanto, no dia a dia, os consumidores não conseguem sentir essa melhora. Quatro em cada dez pessoas no Brasil recebem uma velocidade de banda larga menor do que a que realmente pagam, segundo levantamento feito pela Associação de Consumidores Proteste com 3.464 pessoas.

“A má-qualidade da internet é fruto do descompasso do aumento de usuários com os investimentos. Tem muito mais gente usando, mas as empresas não investem na mesma proporção”, afirma a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci.

Maria Inês alerta que, quando a velocidade entregue for menor do que a contratada, o consumidor tem o direito de exigir uma compensação. “Ela pode vir por meio de desconto na próxima mensalidade”, exemplifica. A coordenadora da Proteste destaca ainda que, além de descumprimento de contrato, a prática configura propaganda enganosa, o que é condenado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). “O usuário deve monitorar a velocidade e, se estiver abaixo, ele deve tomar as providências”, aconselha Maria Inês.

Todos os meses, a Anatel faz uma avaliação de 14 indicadores de qualidade, incluindo a estrutura da rede, o atendimento e o nível de satisfação do usuário. Nesse balanço, a internet é a que apresenta os piores resultados. A telefonia móvel bateu 69% da meta, a fixa bateu 78,6% das expectativas e a TV por assinatura conseguiu alcançar 85,9% do objetivo.

Apesar do mau desempenho da banda larga, a qualidade de serviços apresentou melhora significativa em relação aos últimos dois anos. A meta, que agora foi cumprida em 65,6%, em 2015 alcançou 59,8%.

 

 

Fonte: O Tempo ||

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