Uma cartilha de educação sexual com conteúdo explícito chegou às mãos de alunos de uma escola de Embu das Artes, na grande São Paulo, e revoltou os pais.
São 16 páginas. No começo, um casal apaixonado, a disputa entre os espermatozóides para chegar ao óvulo, a gravidez.
As ilustrações polêmicas começam na página nove: um bebê tira a frauda do outro, enquanto se toca. Na seguinte, um menino e uma menina frente a frente com as mãos nos órgãos sexuais.
Depois, jovens pelados com material erótico do lado e por último, um casal na cama e camisinhas no chão.
A apostila foi entregue para alunos do 5º ano, de uma escola de Embu das Artes, na grande São Paulo.
A cartilha faz parte de um projeto do município de educação sexual. Segundo a prefeitura, ela jamais poderia ter sido entregue para os alunos. O problema é que a cartilha foi usada como material didático em sala de aula, o que deixou os pais indignados.
A mãe de um menino de dez anos, que recebeu a revista, conta que o filho ficou envergonhado e escondeu a apostila. Até que o irmão mais velho descobriu e mostrou para os pais.
?O casal na cama nu. Não é nem seminu, é nu. O casal fazendo sexo. Porque pra mim é a mesma coisa de catar uma revista pornográfica e dar na mão de uma criança?.
A secretária de Educação, Rosemary Mendes Matos, explica que o material foi feito há seis anos para ser entregue aos pais.
?Nós estamos instaurando uma sindicância pra saber o que aconteceu. O que esse material estava fazendo ali, de fácil acesso pra professora pegar e fazer a distribuição?.
Carmita Abdo, uma das maiores especialistas em sexualidade do país, analisou a apostila. Para a psiquiatra, os textos estão corretos, mas as ilustrações estão fora de contexto e podem confundir as crianças e ofender os pais. ?É um trabalho que pode levar a não aceitar a educação sexual, que é tão importante?.

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