As crianças brasileiras estão sofrendo cada vez mais com o estresse, alerta pesquisa realizada pela International Stress Management Association (Isma-BR), com 220 crianças de Porto Alegre e São Paulo, com idades entre 7 e 12 anos.
A surpresa é que o bullying, a prática de violência, humilhação e intimidação física ou psicológica entre crianças, não é a primeira causa. As críticas e desaprovações dos próprios pais – citadas por 63% das crianças consultadas – incomodam mais que bullying.
Em segundo, o excesso de tarefas na rotina é apontado por 56%. O bullying aparece em terceiro, com 41% das crianças reclamando da pressão dos colegas.
Para 33%, os conflitos familiares são desencadeadores da tensão. Os itens não são excludentes e algumas crianças levantaram mais de uma opção.
As pressões do mundo moderno colaboram para que as crianças – cuja única responsabilidade deveria ser a de estudar e brincar – tenham uma série de obrigações que as levam a exercerem uma rotina digna de pequenos executivos, afirma Ana Maria Rossi, psicóloga e diretora da unidade brasileira da Isma-BR.
Entre os sintomas físicos resultantes do excesso de tensão, as crianças relataram que ficam mais nervosas (75%), com medos inexplicáveis (68%), irritadas (51%) e impacientes (43%).
As mudanças comportamentais ainda incluem a agressividade ou a passividade para 53% delas e a dificuldade de relacionamento para 39%. Alterações no apetite – incluindo o aumento no consumo de doces – foram percebidas por 32% das crianças, enquanto 23% declararam o choro sem motivo.
Sintomas físicos
60% das crianças alegaram ter dores musculares (de cabeça e de barriga).
36% das crianças apontaram ter distúrbios do sono (insônia, sono agitado e pesadelo).

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