A curva mais perigosa da rodovia MG-050 ganhou na sexta-feira (24) um outdoor evidenciando o perigo no local e também a indignação de quem se arrisca a passar por lá: “KM 117 – curvas da morte. O maior índice de acidentes fatais de toda a rodovia estadual. Muitas vidas ceifadas e só promessas! Prezado governador Fernando Pimentel, só você pode virar essa página”.
Na semana passada, o Diagnóstico de Acidentes de Trânsito, elaborado pelo Centro Integrado de Informações de Defesa Social (Cinds), órgão do governo do estado, apontou que a MG-050 foi a estrada mineira que mais teve acidentes com mortes no estado. A via, que liga a Região Metropolitana de Belo Horizonte a São Sebastião do Paraíso, no Sul de Minas, registrou 110 mortes entre 2013 e 2014.
O ponto crítico da rodovia é o quilômetro 117, conhecido como curva da morte ou curva da MBL – referência a uma empresa no local. A sequência de três curvas fica distante um quilômetro da entrada de Divinópolis. A estrada é privatizada e, desde 2007, explorada pela empresa Nascentes das Gerais. O pedágio custa R$ 5,10 e diversos pontos da via não são duplicados, incluindo a “curva da morte”.
De acordo com a Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), há no contrato de concessão a previsão de uma ampliação da via. “O escopo desta obra é a correção do traçado da rodovia no local e a implantação de terceira faixa. No que compete a esta secretaria, no intuito de atender as reivindicações do local, é possível articular com a concessionária a antecipação da execução desta obra para o mais rápido possível”, informou em nota. A concessionária Nascentes das Gerais foi procurada, mas informou que a diretoria estava em reunião e não poderia se posicionar sobre o assunto.
Somente em 2011 foram nove vítimas na “curva da morte”. Naquele ano, a Câmara Municipal de Divinópolis chegou a realizar uma audiência pública para debater o problema. Logo depois, o então vice-governador do Estado, Alberto Pinto Coelho, foi até a cidade e prometeu que em seis meses o problema seria resolvido. Já se passaram quatro anos e a pista permanece sem duplicação.
A imprudência pode ser observada em várias situações na rodovia, principalmente, nos trechos sem duplicação, quando os motoristas impacientes forçam a ultrapassagem nos locais proibidos.
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Estado de Minas