Embolou o meio de campo! Os depoimentos do vereador Marquinhos do PT e do Sr.André Alves Fonseca, trouxeram mais lenha para arder na fogueira das contradições que os integrantes da CPI têm colhido nas últimas semanas, ao ouvirem alguns dos que consideram como diretamente implicados, no caso.
?Só com uma acareação bem feita, chegaremos a uma conclusão?, comentou um dos membros da comissão.
?Porém, a fala do vereador Marcos nos confirmando o que ouvira do Sr. Gilmar Monteiro sobre os pagamentos feitos ao diretor do SAAE, que lhe forneceu recibos na pessoa física e jurídica, sem que tenha havido contrato ou convênio pré-estabelecido entre a empresa do Sr. Gilmar e a autarquia pública, é algo que precisamos apurar com mais cuidado?.
?Tudo nos leva a crer que houve mesmo o emprego de máquinas e de mão de obra da autarquia em benefício de um particular, e isto, por si só, já é motivo para um maior aprofundamento das investigações, em busca de esclarecimentos ara sabermos se de fato houve, ou não, abuso do poder, uso indevido da máquina pública, omissão ou recebimento de vantagem por parte de algum servidor?, comentou a mesma fonte.
O vereador marquinhos do PT, que faltara antes a duas convocações da CPI, alegando motivos de ordem particular, desta feita, abriu mão de seu direito de manter-se calado (em virtude de sua denúncia haver sido formulada na Câmara, durante sessão ordinária) e, abriu o verbo, confirmando tudo que antes dissera. Para ele, o importante agora é que ?os eventuais culpados sejam punidos?, como fez questão de frisar ao final de seu depoimento.
Segundo o vereador, o ex-tesoureiro havia lhe informado que contratara Sérgio Lasmar, particularmente, mas as máquinas e os homens empregados na execução da obra, eram do SAAE, autarquia da qual o contratado é diretor.
Durante o andamento da CPI o vereador Maurício Ribeiro solicitou que se providenciem laudos técnicos sobre as causas do assoreamento da Lagoa do Fundão que ele imagina ter se dado em função das tais cobras, contratadas pela empresa de Gilmar e executadas sob a responsabilidade do diretor do SAAE.
?Os culpados serão cobrados na forma da lei, pois a lagoa é um patrimônio público?, disse Maurício.
Na oitiva o Sr. André Alves Ferreira, apontado por seu próprio pai em depoimento anterior, como sendo o responsável pela ?combinação? que também resultou no uso de máquina e equipamento do SAAE na perfuração de uma piscina em sua propriedade, saiu-se com resposta bem evasivas e demonstrou que muito pouco, sabia sobre o assunto: Tamanho da escavação: primeiro, ele não sabia, depois disse que era mais ou menos de 3 x 5; número de horas trabalhadas: não soube informar, esclarecendo que não sabia se era meia hora, ou 30 minutos (sic); valor da hora, combinado: não foi combinado o valor; número de horas em que o serviço deveria ser executado: não foi combinado; distância de sua propriedade ao centro de Formiga: não sabia informar; município em que se localiza: idem.
De afirmativo mesmo, só garantiu que o serviço foi realizado com autorização de alguém do SAAE, mas, não soube informar quem teria dado a estranha ordem.

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