Pelo menos R$ 150 milhões de recursos dos orçamentos da União e de Minas vão reforçar as candidaturas a prefeito de 48 deputados federais e estaduais nas eleições deste ano. O dinheiro é o total em emendas que os parlamentares conseguiram aprovar para projetos em suas bases eleitorais. Trata-se de uma aposta dupla: ao mesmo tempo que articulam alianças e organizam as próprias campanhas, impulsionam a própria reeleição, em 2010, caso percam a disputa municipal. Cada deputado estadual, por exemplo, destinou R$ 1 milhão do orçamento de 2008 às suas bases, 67% a mais do que fizeram no ano passado, quando a cota era R$ 600 mil. Na Câmara, os deputados também se beneficiam do teto de emendas individuais, de R$ 8 milhões. Pulverizei os R$ 8 milhões em todos os municípios de minha base – nas cidades em que os prefeitos me apóiam, encaminho as emendas ao Executivo local; nas outras, para entidades sociais, assume o deputado federal Alexandre Silveira (PPS), pré-candidato à Prefeitura de Ipatinga (Vale do Aço). Virgílio Guimarães (PT), coordenador da bancada federal mineira, reconhece que nunca tantas emendas orçamentárias. E o deputado Leonardo Quintão (PMDB) admite: As emendas dão retorno político.

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