O médico dermatologista, Linton Wallis Figueiredo Souza, de 54 anos, foi preso pela Polícia Civil (PCMG) nessa quarta-feira (10) no consultório em que trabalhava, em Montes Claros no Norte de Minas, condenado por estuprar nove mulheres, em 2016, sendo seis estupros de vulnerável e três mediante fraude. O médico, que chegou a ficar preso na época do crime, respondida ao processo em liberdade e continuava exercendo a medicina. Ele foi condenado a 51 anos de prisão.

A sentença da prisão foi definida na data de ontem (10). Para cometer os crimes, o médico usava um comprimido para sedar as pacientes. Esse medicamento, inclusive, foi apreendido na época das investigações, conforme relatou hoje (11) em coletiva de imprensa a delegada da mulher, Karine Maia. Durante o processo, 16 vítimas foram ouvidas. Conforme a PC, havia riqueza de detalhes e todas as provas periciais convergiam para a condenação do médico.

As investigações começaram após a primeira vítima, uma adolescente maior de 14 anos, procurar a polícia e relatar que “sentiu uma ardência no órgão genital e percebeu que havia tido rompimento de hímen”, relatou a delegada. Ainda, segundo a delegada, todas as vítimas tinham um perfil parecido, eram jovens, solteiras e, algumas delas, virgens.

Karine Maia destaca que na época das investigações, em depoimento, o médico disse que a sedação fazia parte do procedimento estético que “era doloroso” e por isso precisava sedar as pacientes.

O médico foi condenado a 51 anos de prisão por estupros de vulnerável e mediante fraude – quando o autor se aproveita de uma condição pessoal ou profissional para praticar o ato libidinoso.

 

Defesa

A defesa do médico, através do advogado Nestor Rodrigues, alega que recebeu a notícia da prisão com espanto e tristeza e que “vai tomar as medidas judiciais, nas instâncias superiores, bem como as medidas administrativas diante das centenas de abusos de autoridade cometidos por todos os servidores que participaram deste processo.”

 

Fonte: Itatiaia

 

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